Maceió

Família de adolescente espancada em escola vai registrar Boletim de Ocorrência e cobra punições

"Farda está toda marcada, ela foi pisoteada", diz tia de estudante espancada por colegas em escola

Redação TNH1 | 30/11/22 - 15h46
Cortesia ao TNH1

A família da adolescente de 14 anos, que foi espancada até desmaiar durante uma aula de Educação Física na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, no Trapiche da Barra, em Maceió, vai registrar boletim de ocorrência e levar a menina para fazer exame de corpo de delito nesta quarta-feira, 30. Segundo a família, a jovem está com dores pelo corpo e a farda apresenta várias marcas de sapatos. 

Claudeane Ferreira da Silva Santos, mãe da estudante, afirmou que a filha está traumatizada e chorando bastante. Uma tia da menina falou com o TNH1 e contou que a farda que a sobrinha vestia tem marcas de pisões e chutes que outros agressores deixaram ao atacar a adolescente. "Hoje ela está reclamando de dores no abdômem, nos seios, no pescoço e na cabeça. O exame ontem não constatou nada na cabeça, graças a Deus", disse a tia. 

(Cortesia ao TNH1)
(Cortesia ao TNH1)

A reportagem teve informações de que está marcada para a manhã desta quinta-feira, 1º, na Escola Municipal Professor Antídio Vieira, uma reunião entre a direção da escola, a família da vítima, a família da menina que praticou as agressões e o Conselho Tutelar. A Secretaria Municipal de Educação (Semed), responsável pela gestão da unidade de ensino, também deve participar da reunião. Imagens de câmeras do colégio podem auxiliar na identificação dos envolvidos, porém a família reclama que não foram cedidas ainda. 

Uma das principais indignações dos familiares da estudante é em relação à postura do professor de educação física no momento das agressões. "O professor de educação física nos disse que não estava mais presente na hora, que a aula já tinha acabado e ele não estava mais no local. Só que na imagem que um aluno filmou, ele estava sim, perante ao acontecimento. Qual era o dele enquanto adulto e professor? Ter separado, mas não tomou iniciativa, não fez nada", protestou a tia.

Mais cedo, a Semed informou que "a princípio o professor ficou em choque diante da situação, mas em seguida ele estabilizou atuando junto com a direção".

De acordo com a tia da jovem, a confusão começou após uma discussão entre a suposta agressora e uma amiga da vítima. "Ela não está bem, desde ontem ela só chora, diz que não quer ir mais à escola. Acabei de ficar sabendo há pouco que essa menina que a agrediu, faz aula de jiu-jitsu. E que ontem mesmo ela foi para a aula à noite e ficou comentando com as amigas, se gabando do que tinha feito com a menina. Vou falar com esse professor (de jiu-jitsu) para ele tomar as providências e passar para os alunos que não podem usar fora da aula os golpes que ele ensina lá. Foi Deus quem deu livramento da minha sobrinha escapar dessa. Ela deu um mata-leão na minha sobrinha".

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada dos Crimes contra Crianças e Adolescentes (DCCCA), deve investigar o caso assim que o boletim de ocorrência foi registrado.