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Golpe do tesouro: casal é indiciado por enganar vizinhos com ouro falso

Uol | 30/07/22 - 20h06
Reprodução

Um casal foi indiciado por estelionato após enganar uma família enterrando barras de ouro falsas em seu terreno em Dois Irmãos, na região metropolitana de Porto Alegre. As vítimas foram convencidas de que haveria um tesouro escondido e que precisavam de dinheiro para encontrá-lo.

A vítima era um pedreiro de 49 anos, morador de Estância Velha, que também fica na região metropolitana. Segundo a Polícia Civil, ela comprara o terreno há 13 anos e, em fevereiro deste ano, foi abordada pelo vizinho, que lhe contou boatos de que o proprietário anterior havia enterrado barras de ouro no local. 

Os dois vistoriaram o terreno com um detector de metais alugado que, ainda segundo a polícia, teria apitado várias vezes. O acusado, em seguida, teria dito que o aparelho quebrou e seria necessário dinheiro para consertá-lo.

Empolgada, a vítima vendeu um carro e pegou dinheiro emprestado, num total de R$ 75 mil dados aos acusados. O dinheiro seria usado para o aluguel do equipamento e para uma suposta venda das barras, que seria feita em São Paulo e intermediada pelos acusados.

A caça ao tesouro encontrou 17 barras de ouro falsas espalhadas pelo terreno, que foram constatadas como sendo, na verdade, barras de ferro banhadas em ácido. Uma marca foi inscrita em todas para indicar que se trataria de ouro de 24 quilates.

As barras foram recolhidas pelo suspeito para a suposta venda e foram encontradas pela polícia na casa dele durante as investigações.

A estimativa dada à vítima é que as barras renderiam cerca de R$ 10 milhões. Como a venda demorou para acontecer e mais dinheiro passou a ser requisitado, a vítima desconfiou e procurou a polícia, afirma o delegado Rafael Sauthier.

Os suspeitos são um homem de 55 anos, que já tinha passagens pela polícia por crimes de estelionato, roubo, furto e outros praticados em outras cidades da região. A esposa dele, de 57 anos, também foi indiciada por ter recebido o dinheiro das vítimas. Ambos respondem ao processo em liberdade.