Polícia

Golpe do WhatsApp: polícia suspeita de envolvimento de bancários e funcionários de operadoras

Redação TNH1 com TV Pajuçara | 11/12/18 - 19h26
Reprodução

Mais de cinquenta denúncias já foram registradas até o momento em Alagoas de golpes realizados através da clonagem do WhatsApp, segundo a Polícia Civil do Estado. Nos últimos meses, o número de ocorrências vem aumentando, e até mesmo deputados estaduais foram vítimas.

De acordo com o delegado Thiago Prado, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), há a suspeita de que funcionários de agências bancárias e de operadoras de telefonia estariam facilitando os golpes.

Os criminosos, conforme mostrou a investigação, conseguem mudar a linha da vítima para outros aparelhos, instalam o aplicativo de mensagens e se comunicam com pessoas conhecidas das vítimas, solicitando depósitos de valores.

“Os criminosos estão escolhendo pessoas que têm maior poder aquisitivo, porque assim é mais fácil de entrar em contato com pessoas do círculo de relacionamento dessas vítimas e assim conseguir essas vantagens patrimoniais”, explicou Thiago. Os deputados Marcos Barbosa e Dudu Holanda relataram, através das redes sociais, que tiveram seus números clonados.

A ação de “facilitadores” também está sendo investigada pela polícia. “É uma certeza que nós temos, do envolvimento de funcionários de empresas de telefonia. Inclusive nos próximos dias estamos indo diretamente nessas empresas, por acreditar que existem, sim, servidores envolvidos nessa fraude, e é possível também que existam funcionários de redes bancárias, uma vez que várias contas correntes para onde está indo esse dinheiro são abertas com documentos falsos”, relatou o delegado.

Ainda segundo Prado, a melhor forma de prevenção nestes casos é a ativação da verificação em duas etapas no WhatsApp, nas configurações do aplicativo. “Já no caso de pessoas que tenham recebido contatos de pessoas pedindo dinheiro emprestado, a orientação é que não faça [a transferência bancária] de maneira alguma”, disse ele.

Quem já caiu no golpe deve registrar um boletim de ocorrência. “É importante saber o número do telefone clonado e o número da conta bancária informada”, concluiu o delegado.