Homem que matou ex com 40 facadas e postou imagens na internet é condenado a quase 30 anos

Publicado em 07/02/2025, às 07h21
Divulgação/MP
Divulgação/MP

por Pedro Acioli*

Publicado em 07/02/2025, às 07h21

Alexandro da Conceição Messias foi condenado a 27 anos, 11 meses e 29 dias de prisão por matar a ex-namorada e publicar as imagens do crime na internet. O julgamento ocorreu nessa quinta-feira (06). A vítima foi identificada como Nathalia Andrade de Melo e o caso foi registrado no dia 29 de abril de 2022, em Palmeira dos Índios, Agreste alagoano.

De acordo com informações do Ministério Público, Alexandro confessou o crime e o motivo do assassinato seria o término do relacionamento. Ele não aceitou que Nathalia decidiu voltar um antigo relacionamento que tinha. 

No dia do crime, Alexandro atraiu a vítima, sem que ela percebesse que ele estava com um facão, para um local vazio. Antes de matá-la, teria rendido Nathalia e perguntado se ela não havia entendido ainda que morreria. Em seguida, deu 40 golpes de faca, sendo 12 deles no pescoço, duas na barriga e os demais golpes em várias partes do corpo. 

Além disso, o condenado fotografou o corpo de Nathalia e compartilhou as imagens nas redes sociais, pelo Facebook, por onde a família tomou conhecimento do crime.

Condenação

A sustentação do Ministério Público de que o crime foi praticado por motivo torpe, uso de meio cruel e execução que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e prática do crime em razão da condição do sexo feminino da vítima foi acatada pelo conselho de sentença sendo o réu condenado por todas as qualificadoras. 

A qualificadora do feminicídio foi utilizada para tipificação do delito e fixação da pena base, enquanto as qualificadoras relativas ao motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima foram utilizadas como agravantes.

O promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho explica as providências que já foram adotadas como forma de acolhimento às crianças filhas da vítima.

“Um caso estarrecedor, de uma brutalidade ímpar, contra uma mulher, tudo bem premeditado, sem contar que as três filhas dela, de seis, oito e dez anos, ficaram órfãs e traumatizadas para sempre e sem a presença da mãe. Elas ficarão sob cuidados de um tio e terão  apoio de toda rede  do Município, Creas, Conselho Tutelar, equipe multidisciplinar com psicólogos e assistentes sociais, tudo providenciado pelo Ministério Público”, ressalta o promotor.

*Com informações do MP/AL

Gostou? Compartilhe