Meio Ambiente

IMA vistoria e coleta amostras na Laguna Manguaba

Assessoria | 17/06/19 - 17h39

Amostras de água, sedimentos e animais mortos na laguna Manguaba deverão indicar causas específicas da mortandade registrada desde o domingo (16). A equipe do Instituto do Meio Ambiente (IMA) percorreu diversos trechos na manhã dessa segunda-feira (17) e deve continuar monitorando a situação.

 

Segundo informações da equipe da Gerência de Laboratório do Instituto foi percorrido o trecho entre a base do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), localizada próximo a Ponte Divado Suruagy – na Ilha de Santa Rita, até o canal maior da Laguna Manguaba, em Marechal Deodoro.

 

Durante o percurso os técnicos fizeram medições de Oxigênio, Salinidade, Saturação de Oxigênio, Temperatura e Sólidos Totais Dissolvidos. Em quatro pontos mais críticos foram feitas coletas de amostras: no início e no meio do canal, Laguna e rio Sumaúma. Foram coletados água, sedimentos e peixe para análise em laboratório.

 

Um dos aspectos que chamou a atenção é o nível de Oxigênio Dissolvido (OD) muito baixo em alguns pontos, chegando a oscilar entre 0.2 e 0.3, quando o índice ideal é a partir de 5mg/l. Os primeiros resultados, quanto a aspectos orgânicos da água, estarão prontos nos próximos sete dias, só então será possível indicar as causas do problema.

 

Segundo Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA, é possível que tenha havido o “revolvimento de matéria orgânica assentada no leito da laguna, principalmente por causa do aumento na quantidade de águas vertidas pelo rio Paraíba em função das fortes chuvas que caíram nos últimos dias, com isso há ainda a liberação do gás sulfídrico originado com a decomposição da matéria orgânica e que causa o mau cheiro. Uma evidência da suposição é a diminuição do OD”.

 

O trabalho da equipe do IMA contou ainda com o apoio dos agentes do BPA e a participação de representantes da prefeitura de Marechal Deodoro.