Polícia

Mãe de criança assassinada no Clima Bom diz que mulher tentou levar seus dois filhos

Deborah Freire com TV Pajuçara | 14/10/19 - 08h11
Darcinéia contou como soube do sumiço do filho e, depois, da triste notícia da morte | TV Pajuçara

A mãe do pequeno Danilo, de 7 anos, encontrado morto no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió na madrugada de sábado (12), Darcinéia Almeida, contou em entrevista à TV Pajuçara como ocorreu o sumiço da criança e como ela recebeu a notícia do crime, quase 12 horas depois.

Ainda sem saber a quem atribuir o fato, ela disse que a mulher que sequestrou Danilo ia raptar também o irmão gêmeo dele, segundo relato da própria criança. "Passou uma mulher de bicicleta e botou ele (Danilo) na bicicleta. O irmão estava olhando; ela ia levar também, mas ele deu uma mordida e saiu correndo", narrou.

A criança vítima do bárbaro crime tinha ido levar um garfo para o padrasto, em uma oficina perto de casa, mas se distraiu com uma banda de fanfarra que passava na rua, e resolveu acompanhar o desfile. Nesse momento, foi levado por uma mulher que, segundo o irmão, tinha o cabelo verde.

"Meu filho não fazia mal a ninguém, só brincava. Um menino de sete aninhos... Uma injustiça que fizeram com meu filho, acabou com a minha vida. Não tenho alegria mais pra nada", desabafa Darcinéia.

A mãe e o padrasto registraram Boletim de Ocorrência pelo desaparecimento na Central de Flagrantes, no Farol. Os moradores do bairro fizeram um mutirão para tentar encontrar o menino, que foi deixado já sem vida em um beco ao lado de um mercadinho no Clima Bom.

De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, da Polícia Civil, ele não foi morto no local. Havia marcas de facadas na cabeça da criança, mas não tinha sangue, o que indica que o autor ou autora do crime deu um banho ou limpou o corpo.

Às 3h do sábado, a mãe recebeu a notícia de que o filho tinha sido encontrado, mas não sabia que ele estava morto. "Disseram 'achei seu filho'. Fui tão feliz. Fiquei de joelho e disse 'Deus, obrigada que acharam meu filho'. Quando vi meu filho, estava morto". Emocionada, ela completa: "Se existir justiça, quero justiça".

O caso será investigado pelo delegado Bruno Emílio, da Delegacia de Homicídios, que começa a ouvir os depoimentos nesta segunda-feira (14).

Veja entrevista: