A mãe do jovem Rafael José Calheiros dos Santos, que morreu em decorrência de um suposto envenenamento no final do mês de novembro, esteve na sede da Delegacia de Homicídios, na manhã desta quarta-feira (26), onde foi conversar com o delegado responsável pelo crime. Mais cedo ela encaminhou um desabafo a imprensa onde cobra celeridade nas investigações.
Na delegacia ela afirmou que tinha provas sobre a autoria do crime e chegou acompanhada de pessoas que alegam ser testemunhas do caso. Ao jornalista Maílson Franklin, da TV Pajuçara, ela mostrou um produto que seria o veneno usado para matar Rafael. Por meio de mensagem de texto, ela afirmou que a suspeita do crime permanece solta e que não consegue enxergar evolução nas investigações.
“Bom dia, sou a mãe do rapaz quê foi vítima de envenenamento e até agora a assassina está solta. Reagiram como se meu filho fosse um rato. Nem uma prisão preventiva ela [a suspeita] teve. Meu filho não era um delinquente, mas se fosse ela já estaria presa agora”, protestou.
O portal TNH1 tentou contato com o delegado que investiga o caso, Ronilson Medeiros, mas ele está de férias. No começo de dezembro ele afirmou a reportagem que a investigação dependia do laudo pericial, o que poderá apontar a real causa da morte do jovem.
“Hoje não temos nada que comprove que ele foi realmente envenenado. Sem o laudo não temos como prosseguir com as investigações, isto é, fazer indiciamento e pedir prisão de possíveis culpados. Até uma possível confissão de envenenamento precisa ser comprovada pelo laudo”, explicou na oportunidade, onde disse que os depoimentos de familiares e de possíveis suspeitos de autoria do crime já foram ouvidos.
De acordo com o delegado Eduardo Mero, coordenador da Delegacia de Homicídios (DH), a substituta do delegado Ronilson, é a delegada Tacyane Ribeiro, mas ela não irá passar informações sobre o caso por não ser a titular da investigação.
A reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação da Perícia Oficial para saber sobre a conclusão dos laudos de necropsia e toxicologia. O órgão confirmou a conclusão dos exames, mas informou que não pode divulgar os resultados para não atrapalhar as investigações da polícia.
O caso
Rafael José Calheiros dos Santos deu entrada no Hospital Geral do Estado após passar mal, em 16 de novembro, depois de ingerir uma vitamina com achocolatado em sua residência, no Benedito Bentes.
Ele ficou internado por oito dias, mas não resistiu e morreu no dia 24 do mesmo mês. O caso chegou a ser investigado pela delegada Tereza Ramos, mas desde a morte do jovem o caso passou a ser investigado pela DH, que investiga a causa da morte do jovem.
