Maceió

Marido de gestante atropelada diz que carro deu 'cavalo de pau' e condutor tentou fugir

TNH1 com TV Pajuçara | 04/09/19 - 08h46
Marcos dos Santos lembra que gritou para a mulher correr | Reprodução / TV Pajuçara

O marido de Rayane Daniela da Costa, de 23 anos, que foi atropelada próximo ao um shopping de Cruz das Almas, em Maceió, quando catava material reciclável, no domingo (1), concedeu entrevista à TV Pajuçara e falou detalhes do momento do acidente. Ela está gestante e continua internada no Hospital Geral do Estado.

Marcos dos Santos disse que o carro que atingiu sua esposa, um HB20 branco, estava em alta velocidade e deu um "cavalo de pau" antes de sobrar na pista e atropelar Rayane.

Ele ainda relatou que outro carro acompanhava o HB20, e o motorista desse veículo desceu e teria admitido para Marcos que Arthur Fontes de Alcântara Brandão saía de uma festa e estava bêbado.

O marido disse que Arthur abriu a porta e tentou correr, mas foi contido por seguranças do show que ocorrera na madrugada no shopping. "Quando estou abrindo o saco de reciclagem, vejo um carro em alta velocidade e outro atrás. Quando levantei a cabeça, o carro deu um cavalo de pau e veio se arrastando. Eu gritei 'Rayane, corre'. Quando ela tentou correr, o carro foi muito rápido, bateu no meio-fio e jogou a traseira, que pegou todinha nas costas da minha esposa", relata.

Marcos e Rayane são catadores de material recicláveis e chegaram ao local do acidente em uma carroça, por volta das 7h30, porque souberam que havia ocorrido um show na madrugada.

Ele conta que não tem condições de arcar com o tratamento da mulher depois que ela receber alta e cobra a responsabilidade do condutor.

Defesa nega embriaguez

De acordo com o advogado de defesa Rodrigo Monteiro, o motorista Arthur Fontes não estava bêbado, nem em alta velocidade, e não foi solicitado a fazer o teste do etilômetro. A versão difere do que a delegada que investiga o caso, Sheila Carvalho, apurou. Ela diz que o delegado plantonista confirmou que foi oferecido o teste. Além disso, ela afirma que testemunhas apontaram que o condutor apresentava visíveis sinais de embriaguez.

A defesa ainda afirma que Arthur estava na casa de amigos na Serraria, cochilou ao volante e perdeu o controle da direção. "Ele não se evadiu, prestou todas as informações, foi até a Central de Flagrantes e está à disposição para prestar qualquer assistência à vítima", declarou.

Arhur ficou preso de domingo até segunda, quando compareceu a audiência de custódia e ganhou liberdade após fiança de R$ 7 mi. Ele precisa cumprir medidas caurtelares e está proibido de dirigir por pelo menos 8 meses.