Por Gabriel Amorim e TV Pajuçara
Após a morte de Jéssica de Andrade Vieira, de 26 anos, no último domingo (2), depois de ter inalado spray de pimenta em um bloco de Carnaval em Taquarana, em Alagoas, médicos têm alertado sobre os riscos da substância.
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Nesta terça-feira (4), o cardiologista José Leitão deu entrevista à TV Pajuçara e explicou, de início, que apesar de se tratar de uma arma não letal, a lista de efeitos pode ser extensa.
Ela causa irritação nos olhos e sensação de pânico. Consequentemente, aumenta também a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Jéssica foi afetada pela substância, teve dificuldades para respirar e chegou a desmaiar. A família a levou para casa, mas, devido à gravidade, acionaram uma ambulância. A jovem foi socorrida a uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa), mas não resistiu aos ferimentos.
O laudo emitido pela unidade de saúde constatou a morte por tamponamento cardíaco. Segundo especialistas, decorre do grande acúmulo de sangue ou de outros líquidos no pericárdio, que atrapalha o enchimento do coração.
Jéssica tinha problemas cardíacos. De acordo com o cardiologista José Leitão, a exposição à substância a estas pessoas não só aumenta a frequência cardíaca, como também pode desencadear o quadro de insuficiência respiratória aguda.
Pode ser um gatilho para arritmias, infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral), aumentando, assim, o risco cardiovascular.
O médico ainda alertou que a exposição e a assistência são fatores que podem influenciar na piora do quadro. Ele recomenda que, caso alguém apresente os sintomas abaixo, é preciso procurar o pronto-atendimento.
O atendimento precisa ser imediato. Em alguns minutos, ou no mais tardar em algumas horas, essas pessoas podem evoluir a óbito. Infelizmente, pode ter sido o que aconteceu com a jovem de 26 anos.
De acordo com a literatura, o tempo de ação do spray de pimenta é de 30 minutos. Leitão fala que, dentro deste tempo, o ideal é tentar se acalmar e esperar o efeito passar.
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