Conteúdo de Marca

Mercado imobiliário: especialistas comentam tendências durante e pós-pandemia

14/09/20 - 15h10
Perspectiva de fachada do empreendimento Studio Design 3 Lions, um dos lançamentos do Top Trio Delman | Construtora Delman/Reprodução

Apesar dos impactos econômicos gerados pela pandemia e a consequente redução do poder aquisitivo sofrida por muitas pessoas, o ramo da construção civil mantém-se em crescimento. Mas, o que o cenário atual mostra é um mercado imobiliário aquecido, com excelentes oportunidades para quem quer investir ou sair do aluguel.

Para ilustrar isso, mostramos abaixo a visão de especialistas do ramo sobre o assunto, assim como explicamos quais fatores influenciam essa guinada do setor. Assim, desejamos que você entenda o que se espera do mercado imobiliário pós-pandemia. Confira!

Momento histórico

Segundo o empresário Márcio Rapôso, o ramo imobiliário foi na contramão das previsões e apresentou um reaquecimento este ano. “Apesar da crise econômica e da pandemia, desde 2008 não se tinha um cenário tão favorável à compra de imóveis.

A queda histórica da taxa Selic e alguns fatores comportamentais, despertados com a situação atual, criaram um cenário inesperado. Então, ao contrário do que se imaginava no início deste período, vivemos em um grande momento para investir no mercado imobiliário”, explica.

Reforçando a fala de Rapôso, o CEO do grupo Prospecta e especialista em inteligência para o mercado imobiliário, Cristiano Rabelo, informou que a tendência é de crescimento para o setor. “Analisando de uma forma macro, já estamos em processo de recuperação.

O cenário foi ruim em todo o país entre abril e junho deste ano, mas em julho já mapeamos construtoras com crescimento maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Isso é um ótimo indicativo para o setor”.

Conheça os empreendimentos que fazem parte do Top Trio Delman

Mudanças comportamentais

Nos primeiros meses da pandemia, os governos decretaram quarentena no Estados, determinando o fechamento de comércios e limitando o trânsito nos espaços públicos das cidades. Dessa forma, as pessoas se confinaram em suas casas e muitas tiveram que se adaptar ao modelo de trabalho remoto. 


Cristiano Rabelo é professor, palestrante, CEO e fundador do grupo Prospecta, que atua em Inteligência Imobiliária, análises de viabilidade e estudo de mercado.


Nesse sentido, Cristiano Rabelo explica que o confinamento criou novas necessidades para as pessoas, que precisaram transformar alguns espaços nas suas casas para agregar novas funcionalidades a eles. “As pessoas estão vivendo seus espaços como nunca antes. Por isso, o uso inteligente das áreas disponíveis nunca foi tão necessário”, comenta.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo projeto PandeBuilding, fruto da parceria de três grandes consultorias de inteligência voltada ao setor imobiliário, 35% das pessoas relatam o desejo de mudar de imóvel, sendo que 28% gostariam de um imóvel maior. O reflexo disso é a procura por casas e apartamentos mais espaçosos, tornando o momento perfeito para as negociações e boas aquisições.

Já para as empresas da construção civil, Rabelo mostra que o fenômeno serve como um direcionamento para a hora de desenhar os projetos. “A pandemia trouxe a necessidade de valorizarmos ambientes oxigenados. Logo, projetos e empreendimentos que atendam a esse anseio serão muito procurados nos próximos anos”, conclui.

Ou seja, a tendência é que os apartamentos não sejam, necessariamente, mais espaçosos, mas possuam uma estrutura que proporcione a sensação de amplitude. Apartamentos com cozinha e salas de estar e jantar integradas são um bom exemplo disso.

Queda da taxa Selic

Por fim, mas não menos importante, um outro fenômeno inesperado e consequente da pandemia foi a queda histórica da taxa Selic. Chegando a 2% no começo de agosto, ela deve manter-se em torno disso até 2021, segundo as previsões dos economistas.

Também conhecida como “juros básicos”, a Selic serve como referência para a definição das taxas de juros bancárias e, consequentemente, para o estabelecimento de preços no mercado. Sendo assim, quando ocorre uma redução no seu percentual, as taxas de juros acompanham a diminuição proporcionalmente.

Por isso, os momentos de queda são perfeitos para quem quer fazer um financiamento pagando parcelas muito menores do que o normal.

Ou seja, como você acabou de ver, o mercado imobiliário aquecido em 2020 pode ser a oportunidade que faltava para adquirir sua casa própria ou para começar a investir aquele dinheiro que está guardado. Então, que tal começar a pesquisar?