Polícia

Militar preso por estupro e homicídio confessou ter cometido outro crime em Marechal Deodoro

Redação do TNH1, com TV Pajuçara | 22/10/19 - 12h05
Aparecida foi encontrada morta ao lado do namorado, que estava ferido, neste campo no Pontal da Barra. | Arquivo TNH1 / Netto Motta

O soldado da Polícia Militar Josevildo Valetin dos Santos Júnior, que confessou ter estuprado e assassinado Aparecida Rodrigues Pereira, de 18 anos, no dia 15, também confessou a participação dele em outro crime, ocorrido entre os anos de 2013 e 2014, na cidade de Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió.

De acordo com a delegada Rosimeire Vieira, que investiga o caso mais recente, ele disse, em depoimento, que o outro crime praticado foi um estupro.

“Ele disse que na época trabalhava na região [Marechal Deodoro] e viu uma mulher que estava chegando em casa com compras. Ela tentava entrar no imóvel quando ele a abordou, a levou para uma zona de mata, no caminho da Barra de São Miguel, e cometeu esse crime”, descreveu.

Polícia suspeita de mais crimes

A delegada destacou ainda que existe a possibilidade de que ele tenha praticado outros crimes sexuais. “Existe a possibilidade de Josevildo estar envolvido em outros casos de violência sexual. Na época (do estupro em Marechal Deodoro), ele usava um Fiesta Sedan, na cor azul. Essa informação é importante porque pode ajudar outras vítimas a identificá-lo”, pontuou a delegada.

Rosimeire informou que irá encaminhar uma cópia do interrogatório onde ele fala sobre esse caso para o delegado da cidade, Leonam Pinheiro. “Ele deverá apurar e identificar se há registro desse caso, identificar a vítima para concluir esse processo e remeter à Justiça, para que assim o militar pague também por esse crime”, defende.

O militar concedeu material biológico para que possa ser comparado com outros casos de violência sexual sem autoria identificada. No caso de Aparecida, há material biológico, coletado pelo Instituto de Criminalística nos órgãos genitais da vítima. “Em breve, o IC e o IML vão emitir esses laudos necessários para que a gente possa concluir o material”, pontuou.

A delegada afastou a possibilidade de Josevildo sofrer de algum distúrbio psicológico. “Ele estava consciente da gravidade dos crimes que cometeu e em nenhum momento demonstrou distúrbios. Mas agora, isso fica a cargo do judiciário para, caso ache conveniente, fazer esse tipo de avaliação”, disse.

O inquérito sobre o caso deve ser concluído ainda esta semana, quando será remetido à Justiça e à Corregedoria da Polícia Militar.

“O inquérito já tem muitas provas de autoria, como a arma encontrada com ele, que ainda será submetida a comparação balística, o carro usado por ele, as sandálias da vítima, que estavam com o militar. O disque-denúncia ajudou bastante nesse caso, então nós incentivamos a possíveis vítimas que denunciem esses possíveis crimes para que ele pague por isso”, concluiu.