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A paralisação dos caminhoneiros, que completa um ano neste mês, tirou entre 0,1 e 0,3 ponto percentual do crescimento do Brasil em 2018, quando a economia se expandiu 1,1%.
O movimento foi o primeiro de uma série de choques que tem prolongado o ciclo de expectativas frustradas em relação à retomada do país.
Essa é a leitura que os economistas fazem, hoje, do evento que parou o Brasil por 11 dias, derrubando a produção da indústria e a confiança de empresários e consumidores.
"Os principais efeitos da greve já se dissiparam, mas ela mostrou como seria difícil para o Brasil sair do fundo do poço", diz Fábio Ramos, economista do UBS.
As sondagens de confiança da FGV (Fundação Getulio Vargas) ilustram bem o diagnóstico dos analistas.
A pesquisa converte em índice o que os agentes econômicos percebem em relação ao presente e esperam do futuro. Números acima de cem denotam otimismo, abaixo indicam pessimismo.
Desde 2014, os resultados da confiança de empresários e consumidores brasileiros apontam um quadro persistente de percepção de conjuntura ruim casada com desânimo em relação ao futuro.
O subíndice de expectativas da confiança empresarial –que consolida as sondagens de diferentes setores econômicos e dos consumidores em relação aos três meses seguintes– rompeu poucas vezes para cima a barreira dos cem pontos nesse período.
Um desses breves momentos foi antes da paralisação dos caminhoneiros. O outro, mais recente e ligeiramente mais longo, ocorreu entre o fim de 2018 e os primeiros meses deste ano.
"A melhora recente resultou da lua de mel com o governo novo, que, pelo que captamos em algumas pesquisas, se deu mesmo entre eleitores que não votaram no [presidente Jair] Bolsonaro", diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas públicas do Ibre/FGV.
Segundo ele, após um longo período de crise, houve a percepção de que uma nova administração, eleita com ampla vantagem, conseguiria aprovar medidas positivas para o país.
Um sinal de que o otimismo começava a voltar foi captado por uma pergunta que mede as expectativas de empresários em relação aos seus negócios e das famílias em relação à sua condição financeira em um horizonte mais longo, de seis meses.
Pela primeira vez em mais de quatro anos, esses índices ficaram, a partir de novembro de 2018, por alguns meses consecutivos acima de cem, mas, no mês passado, houve novo recuo para o nível que indica pessimismo.
O temor de especialistas é que a melhoria recente tenha sido mais um soluço positivo temporário e que o quadro de baixa confiança, que desestimula investimentos e consumo, volte a predominar.
Isso ocorreu após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em agosto de 2016.
A mudança de governo criou a esperança da aprovação de reformas que fariam o país retomar o crescimento. Mas reveses sofridos pela gestão Michel Temer (MDB) –como o vazamento de conversa comprometedora com Joesley Batista em maio de 2017– frearam o retorno da confiança.
No Brasil, o foco havia migrado do então paralisado governo Temer para a perspectiva de mudanças positivas após a eleição.
Essa sensação de mudança para melhor não durou muito. Antes da eclosão da paralisação dos caminhoneiros, já havia sinais de que o quadro talvez não fosse tão positivo, na esteira de juros em alta nos EUA e aumento de incertezas em relação às eleições domésticas.
Mas analistas, empresários e consumidores não esperavam a eclosão de uma paralisação longa e intensa como a promovida pelos caminhoneiros, que levou à interrupção do transporte, ao fechamento de lojas e de fábricas.
"A greve teve um impacto forte, embora pontual", afirma Luka Barbosa, economista do Itaú Unibanco.
O efeito mais nocivo da paralisação foi via o canal da indústria, cuja produção despencou 10,9% em maio de 2018. Embora uma parcela considerável dessas perdas tenha sido recuperada nos meses posteriores, um efeito negativo residual se manteve no balanço geral.
O Itaú Unibanco calcula que esse impacto tenha subtraído entre 0,1 e 0,2 ponto percentual do já fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018. O UBS tem uma estimativa parecida, entre 0,2 e 0,3 ponto percentual.
Os especialistas ressaltam, porém, que a fraqueza persistente da economia já existia.
"Se houvesse uma tendência de crescimento mais forte de fato, ela teria sido retomada alguns meses depois da paralisação, e não foi isso que ocorreu", diz Marcelo Gazzano, da consultoria A.C. Pastore & Associados.
O que a greve pode ter criado, segundo Gazzano, é um ponto a mais na lista de riscos que os empresários consideram quando elaboram seus planos de investimentos.
Barbosa menciona que um exemplo dessa maior cautela é o aparente movimento das empresas para aumentar suas frotas próprias. Os caminhoneiros autônomos, por sua vez, parecem estar enfrentando como efeito colateral uma demanda menor.
Segundo especialistas, o que mais tem pesado sobre a recuperação lenta do país é a soma do impacto de diversos choques negativos sobre uma economia com fraquezas estruturais severas como a brasileira.
Além da paralisação dos caminhoneiros, ocorreram a recessão argentina, a incerteza gerada pela polarização antes da eleição, o rompimento da barragem em Brumadinho, em Minas Gerais, e a piora no cenário econômico global.
Mais recentemente, foram adicionados à lista os problemas internos do novo governo e as dificuldades políticas.
Para os economistas, o fortalecimento da economia e o aumento de sua imunidade a choques temporários dependem do progresso da agenda de concessões à iniciativa privada, da aprovação da reforma da Previdência e da retomada da política de cortes de juros.