Brasil

Motorista que atropelou Marina Kohler estava bêbado na hora do acidente, diz SSP

UOL | 20/11/20 - 09h33
Reprodução

Motorista que atropelou e matou cicloativista Marina Kohler estava bêbado no momento do atropelamento. As informações são do Pedro Pannunzio, no 1º Jornal. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, após indícios documentais e testemunhais apontarem que o autor estava sob influência de álcool, foi incluída a qualificadora ao crime.

Na tarde desta última quarta-feira, 18, a mulher que acompanhava José Maria da Costa Júnior no carro prestou depoimento na sede da delegacia que investiga o caso. 

A passageira foi indiciada por omissão de socorro. Ela confirmou que José Maria estava ao volante do veículo no momento do crime. 

No último dia 10, o motorista chegou a se apresentar voluntariamente à polícia, acompanhado de um advogado, mas foi liberado. 

José Maria, de 34 anos, permaneceu em silêncio durante seu depoimento às autoridades. À época, o acusado se beneficiou de uma lei do Código Eleitoral que apenas permite prisões em flagrante. Houve confusão e protestos durante a saída do atropelador, pela porta da frente da delegacia.

O carro do suspeito, modelo Hyundai Tucson, de cor prata, também foi localizado na noite do dia 09, na Rua da Consolação.

O caso

Marina Kohler Harkot, de 28 anos, pedalava pela Avenida Paulo VI, em Pinheiros, por volta da meia-noite do último dia 08, quando foi atropelada por um carro. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.

O atropelamento foi flagrado por uma policial militar de folga que conseguiu anotar a placa do carro e prestar os primeiros- socorros à vítima. O carro foi localizado no dia seguinte. 

O SAMU foi acionado dar continuidade ao atendimento da jovem, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Mariana era ativista de mobilidade urbana e usava a bicicleta como seu principal meio de transporte. Seu enterro aconteceu na tarde do dia 09, no Cemitério São Francisco Xavier, na zona norte do Rio de Janeiro. Já seu corpo foi velado ainda em São Paulo, no Cerimonial Pacaembu.

Através do sistema Detecta, os PMs constataram que, momentos antes, o Hyundai Tucson, com placa de Campinas, passou por diversas vias próximas ao acidente.

O delegado de plantão verificou que a velocidade permitida na avenida é de 50km/h nas quatro faixas e a vítima estava na última, próximo ao parapeito. 

A Polícia Civil conseguiu contato com o homem que consta como proprietário do carro. Ele afirmou que vendeu o automóvel em 2017 e tem o documento de transferência,

O caso foi registrado e é investigado no 14º DP como homicídio culposo e fuga de local de acidente.