Polícia

MPE denuncia esposa de sargento assassinado por homicídio qualificado

Redação TNH1 | 05/05/22 - 19h23
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O Ministério Público Estadual (MPE-AL) denunciou, nesta quinta-feira, 5, Josefa Cícera Nunes Flores por homicídio qualificado por motivo fútil. Ela é acusada de matar o ex-marido, o sargento da Polícia Militar (PM),  Alessandro Fábio da Silva, assassinado com um tiro no peito, no último dia 23 de março, na residência do casal, em um condomínio do bairro Cidade Universitária, em Maceió. 

Um dos argumentos principais na denúncia do MPE é a distância de onde foi disparado o tiro fatal. Josefa alega que atirou em legítima defesa, e que a arma estava encostada ao corpo do militar no momento do disparo, quando o casal travava luta corporal. No entanto o MP afirma que o tiro foi efetuado à distância, segundo laudos periciais. De acordo com a denúncia do MPE, a acusada sabia manusear arma, já que havia trabalhado como segurança, agente penitenciária, e já havia feito curso de segurança armada.

""O motivo fútil é aquele que apresenta desproporção entre a razão da conduta e o seu resultado. No caso, verificamos que o fato ocorreu por conta de uma discussão do casal, no ambiente doméstico, após ambos terem ingerido bebida alcoólica, situação que na visão do Ministério Público reflete muito claramente a futilidade que gerou a perda de uma vida", explicou o promotor de Justiça Paulo Victor Zacarias.

"A própria acusada afirma que iniciaram uma discussão motivada por ciúmes, e depois surgiu uma outra versão referente ao uso da arma de fogo da vítima - que era militar -, o que deverá ser aprofundado durante o processo", acrescentou o promotor. 

O caso - De acordo com informações da Polícia Militar, ao chegar no condomínio, a guarnição foi informada pelos porteiros que disparos de arma de fogo foram registrados em uma residência e que a vítima havia sido socorrida. O sargento e a esposa foram localizados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cidade Universitária.

Segundo a polícia, inicialmente, a mulher disse que a morte foi ocasionada por um acidente e que casal estava brincando de um “jogo” conhecido como “Roleta Russa”, mas ao ser questionada pelo fato da arma usada no crime ser uma pistola, a suspeita relatou que os disparos foram efetuados após ser agredida pelo marido.

Na residência do casal foram apreendidos uma pistola Taurus / 938, uma pistola Glock. 40 e três carregadores. As armas apreendidas, conforme informou a PM, não tinham registro.