Nordeste

Novas pesquisas com fósseis do Cariri ajudam a montar um quebra-cabeça de 115 milhões de anos

Agência UFC | 29/04/21 - 09h35

Entre 110 e 115 milhões de anos, no período Cretáceo, o mundo estava em profunda transformação. Os grandes dinossauros vinham sendo substituídos por espécies menores. As primeiras plantas com flores haviam surgido há poucos milhões de anos e o que hoje é a América do Sul ia lentamente se afastando da África. 

Entender o período é como montar um enorme quebra-cabeça com milhões de pecinhas: fósseis de animais e vegetais, que recontam essa história. Na região do Cariri, condições geológicas e ambientais excepcionais geraram o Grupo Santana, uma das mais importantes janelas para entender o Cretáceo.

Nesta semana, a Agência UFC conta a história de duas pesquisas realizadas com fósseis no Cariri, recém-publicadas em revistas internacionais, que trazem novos dados sobre o que aconteceu naquela época.

Do Programa de Pós-Graduação em Geologia, a pesquisadora Olga Alcântara traz novos dados sobre um camarão pré-histórico, o Beurlenia araripensis. Usando técnicas modernas, ela conseguiu fazer uma das mais detalhadas descrições dessa espécie já extinta.

Já a pesquisadora Maria Edenilce Peixoto Batista, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, descobriu uma nova espécie de vegetal da região, o Brachyphyllum sattlerae, da família das araucárias. O nome é uma homenagem à paleobotânica Ellie Sattler, personagem do filme Jurassic Park.