O senador Renan Calheiros, presidente do MDB em Alagoas, neste início de ano conseguiu avançar sobre seu maior adversário político regional, o deputado federal Arthur Lira, presidente do PP no Estado, ao conseguir a adesão ao seu grupo de dois prefeitos eleitos em 2024 que são (ou eram) extremamente ligados ao seu principal opositor - e ambos do PP.
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Em Maragogi, Daniel Vasconcelos se elegeu com apoio incondicional do seu antecessor Fernando Sérgio Lira (PP), primo de Arthur Lira, mas desde antes do Carnaval rompeu com o ex-aliado e está de mudança para o lado de Calheiros.
Em Rio Largo, a situação é semelhante à de Maragogi: Carlos Gonçalves (PP) teve apoio fechado de Gilberto Gonçalves (PP), que o antecedeu, e também caiu nos braços dos senadores da família Calheiros - Renan pai e Renan Filho.
Como em política um voto que muda de lado vale por dois - menos um pra cá significa mais um pra lá - essas alterações no contexto político de hoje devem ter reflexos imediatos amanhã - leia-se 2026 - com a grande possibilidade de Renan e Arthur se digladiarem pelas duas vagas a serem disputadas para o Senado.
Com um aspecto ainda mais relevante em relação a Rio Largo, por ser um dos maiores colégios eleitorais de Alagoas, vizinho a Maceió, capital do Estado.
Como temos dito e repetido neste espaço, na política o aliado de hoje pode ser o adversário de amanhã, e vice versa.
Nesse confronto de bastidores no começo de 2025, Renan Calheiros marca dois gols sobre Arthur Lira e o terceiro pode surgir se o presidente Lula (PT) não fizer da procuradora de justiça do MPE Marluce Caldas ministra do Superior Tribunal de Justiça - é tia do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) grande aliado de Lira.
E o jogo eleitoral está apenas começando...
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