Alagoas

"O Estado está refém da categoria", diz juiz sobre agentes penitenciários

José Braga Neto faz duras críticas à categoria, e afirma que greves prejudicam a ressocialização dos detentos

15/05/16 - 07h51
Ascom TJ-AL

Governo e agentes penitenciários tem dialogado, mas falando línguas diferentes não chegaram a um acordo e os presídios enfrentam neste fim de semana dias turbulentos sem visitas para os reeducandos por causa da greve iniciada na última sexta-feira, 13

Além da suspensão das visitas, um outro efeito colateral da paralisação é os agentes também não farão a escolta de presos das unidades prisionais até os fóruns, em eventuais audiências e julgamentos.

Ouvido pelo TNH1, o juiz da Vara de Execuções Penais da capital, José Braga Neto, fez sérias críticas aos agentes penitenciários.

"Só temos a lamentar. É um desserviço. Prejudica e muito o andamento dos processos. Prejudica o próprio reeducando com a não apresentação do mesmo. É um prejuízo aos processos", disse Braga Neto.

"O Estado está refém desta categoria porque é o tempo todo com reivindicações sempre desse mesmo sentido, para conseguir os objetivos, travam as saídas dos presos para trabalho, estudo, escolta médica, não é só a escolta para os tribunais. Isso tudo prejudica a ressocialização dos reeducandos".