Lançado pelo Banco Central (BC) no dia 4 de junho, o Pix automático começa a valer nesta segunda-feira (16/6) e vai funcionar como um débito em conta, para aquelas despesas recorrentes: escola, condomínio, academias. Conforme o BC, esse tipo de pagamento não terá custos adicionais e será útil para as pessoas que não têm cartão de crédito ou para aquelas que sempre esquecem de pagar algum boleto.
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Se a nova modalidade vai acabar totalmente com esses dois meios de pagamento, só o tempo dirá. Porém, especialistas já fazem suas apostas e analisam que o Pix automático pode sim fazer com que os boletos e cartões de crédito percam terreno.
José Roberto Kracochansky, CEO da Jazz Tech, avalia que, no caso dos boletos, deve haver uma "migração em massa" do pagamento em papel para o novo Pix automático. "Até porque, será um processo mais ágil de cobrança e um processo mais ágil de pagamento, com custos menores", diz.
Já Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil, afirma que o segmento dos cartões será altamente impactado. Em primeiro lugar, porque o Pix automático vai beneficiar cerca de 60% dos brasileiros de baixa renda que não têm cartão de crédito.
“O Pix automático também resolve outras dores, como os cartões expirados. Além disso, devolve ao consumidor o controle total dos seus pagamentos, inclusive com a possibilidade de cancelamento direto via app bancário, algo que o cartão de crédito ainda não oferece”, afirma Germer.
Como vai funcionar o Pix automático?
Ao autorizar as cobranças por Pix automático, o cliente deverá definir algumas regras, como o valor máximo de cada pagamento. Caso não concorde com o valor da cobrança, será possível cancelar o agendamento do pagamento até as 23h59 do dia anterior à cobrança.
Caso não haja saldo suficiente na conta do cliente no momento do débito, serão feitas três tentativas de cobrança em um período de até sete dias. Durante esse prazo, o cliente será notificado das tentativas e poderá providenciar os recursos para manter o serviço ativo.
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