Brasil

Padrasto acusado de estupro e tortura é transferido para presídio e exonerado do cargo

Informações do G1 Bahia | 23/02/19 - 09h37
Eva postou no Instagram uma das vezes em que o padrasto a 'vigiava' na aula | Reprodução / Instagram

O homem acusado pela enteada Eva Luana da Silva, de 21 anos, de estupro e tortura, no município de Camaçari, região metropolitana de Salvador, foi transferido para o sistema prisional e exonerado do cargo de assessor técnico da prefeitura da cidade. A informação é do G1 da Bahia.

Thiago Oliveira Alves estava preso na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Camaçari desde o dia 13 de fevereiro e, na quinta-feira (21) foi encaminhado para o Centro de Observação Penal de Salvador, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia.

Há três dias, Eva postou nas redes sociais que está sob proteção jurídica e cobrou a transferência do padrasto para o presídio. Veja:

Ele foi indiciado por estupro e tortura e, segundo a Polícia Civil, nega as acusações.

Também na quinta-feira, Thiago teve a exoneração publicada no Diário Oficial do Município de Camaçari. Conforme a publicação, ele era lotado na Secretaria de Serviços Públicos. A prefeitura divulgou nota de repúdio a Thiago na quarta (20).

Ele já tinha deixado o cargo desde 1º de fevereiro, dois dias depois da enteada ter denunciado o caso à Polícia Civil, mas a oficialização da exoneração no Diário pela prefeitura só saiu ontem.

O caso

A jovem Eva Luana da Silva, de 21 anos, relatou em cinco posts no Instagram, na terça-feira (19), que ela e a mãe foram violentadas e torturadas durante anos pelo padrasto, que está preso desde o dia 13 de fevereiro. À Polícia Civil, ele nega as acusações.

Eva conta que o “caos” começou quando ela tinha 12 anos. Ela relata que a mãe era vítima do homem e que depois ela passou a ser violentada por ele também.

"Minha mãe era agredida, abusada, violada e torturada quase todos os dias. Meu padrasto era obsessivo e ciumento com ela. Resumindo de uma maneira geral, ela era agredida com chutes, joelhadas, objetos. Era abusada sexualmente de todas as formas possíveis. Era obrigada a tomar bebidas até vomitar e quando vomitava tinha que tomar o próprio vômito como castigo. Ele começou a me abusar sexualmente. Eu tinha nojo, repulsa, ódio e não entendia porque aquilo acontecia comigo. Me sentia uma criança estranha e diferente das outras", disse.