Pai denuncia caso de racismo contra filho de 10 anos em condomínio de Maceió

Publicado em 21/05/2024, às 18h06
Boleti de Ocorrência foi registrado na Delegacia Especial de Crimes Contra Crianças e Adolescentes | Arquivo
Boleti de Ocorrência foi registrado na Delegacia Especial de Crimes Contra Crianças e Adolescentes | Arquivo

Por TNH1

O pai de um menino de apenas 10 anos de idade registrou Boletim de Ocorrência e denunciou que o filho foi vítima de injúria racial, no último dia 13 de maio, no ambiente interno de um condomínio, no Tabuleiro do Martins, na parte alta de Maceió. 

Segundo relato do analista ambiental Hildiberto Barbosa, pai da criança, o garoto estaria brincando com outras crianças no condomínio, momento em que duas mulheres teria se aproximado, gritado contra o grupo e passado a insultar com palavras de cunho racistas especificamente o filho dele. 

“Meu filho estava brincando, exercendo o direito dele de crescer bem e feliz, quando essas mulheres desceram do apartamento e falaram que o grupo não poderia ficar ali. Mas, além de gritar com os meninos, que por si só já é um ato de violência, elas teceram comentários racistas contra um ser indefeso. É mais do que uma crueldade contra a vida do meu filho, é um crime. Eu quero justiça para que isso não volte a acontecer jamais”, desabafou Barbosa.

De acordo com o analista, as duas mulheres seriam mãe e filhas residentes do condomínio. “Procurei o síndico, no dia 14, contei o que aconteceu e que gostaria da contribuição dele. Marquei uma conversa com ele no mesmo dia, às 20h30 e ele não apareceu até hoje, o que está dificultando a identificação delas”, afirmou.

Hildiberto Barbosa procurou a Delegacia Especial de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, no bairro da Jatiúca, e registrou o Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil. 

“Se o racismo é doloroso para adultos, imagina para uma criança? Ao buscar justiça, estamos falando que não aceitamos ser discriminados em hipótese alguma e que as responsáveis precisam pagar por isso. É apenas uma criança que quer crescer feliz e sem traumas”, completou o pai da criança.

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