Uma agência bancário, no Centro de São Paulo, virou dormitório e abrigo para os cerca de 30 moradores de rua que fogem do relento das noites frias paulistana. Na Rua Líbero Badaró, a agência do Bradesco que se tornou alberque fica apenas a 200 metros da sede da prefeitura.
A Folha de São Paulo foi até o local e conversou com alguns dos moradores de rua que fazem da agência asilo e garantem também a segurança do local. “Aqui a gente cuida um do outro, ninguém chega perto”, diz Francisco Marques, de 26 anos, que há um mês dormi na agência todos os dias.
“A gente faz a segurança do banco. Quem é o louco que vai querer explodir e roubar o caixa eletrônico com a gente dentro?”, diz Jonatan, outro morador de rua.
O pedreiro Francisco Teixeira, de 50 anos, diz que a agência traz mais segurança para ele. “A rua é complicada, você dorme com um olho aberto. Aqui no banco a gente se sente mais seguro.”
Apenas em 2016, Alagoas registrou 18 assaltos a bancos, a maior parte deles aconteceram durante a madrugada e em agências que não possuíam segurança particular. Será que essa moda pode pegar no Estado?