Alagoas

PF cumpre mandados para apurar desvio de verba em Alagoas e mais quatro estados

TNH1 com Agência Brasil | 11/12/18 - 11h06
Reprodução/Portal Correio

Como parte da segunda fase da Operação Recidiva, a Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (11) mandados de busca e apreensão em Alagoas.  A assessoria de comunicação da PF em Alagoas confirmou a ação, mas não soube informar quantos mandados foram cumpridos no estado.

Além de Alagoas, a operação acontece para desarticular uma organização criminosa responsável por fraudar licitações na Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, fraudando também os fiscos federal e estadual. O esquema teria gerado prejuízo superior a R$ 20 milhões, entre os anos de 2015 e 2018.

Após a primeira etapa da operação, deflagrada em 22 de novembro deste ano, foi constatado que investigados estavam “destruindo e ocultando provas deliberadamente para embaraçar a investigação criminal”.

Além disso, a investigação comprovou a “falsificação de documentos do acervo técnico das empresas para participar fraudulentamente das licitações, por intermédio de atestados e certidões falsos emitidos por engenheiros de empresas investigadas”. Os policiais federais estão cumprindo seis mandados de prisão preventiva, cinco de busca e apreensão. Eles também cumprem mandados de sequestro de bens nos municípios paraibanos de João Pessoa e Patos.

Os crimes apurados na operação são de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude de licitação e falsidade ideológica. Operação também conta com o apoio de auditores do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

Primeira fase

Na primeira fase, a operação investigou esquema criminoso de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos em municípios do interior da Paraíba.  “De acordo com as apurações, organização criminosa atuava para fraudar licitações públicas em municípios paraibanos, bem como de outros estados do Nordeste, para desviar recursos destinados a obras de infraestrutura, de educação e de saúde. A operacionalização era feita mediante a utilização de empresas de fachada e pagamento de propina a funcionários públicos, com posterior lavagem desse dinheiro”, diz a nota divulgada pela CGU.