Atualizada às 18h20
O capitão da Polícia Militar, Paulo Henrique Santos Costa, acusado de integrar o grupo de extermínio que atuou no município de Pilar, interior de Alagoas, nos anos de 2013 e 2014, foi mais uma vez detido pela Polícia Federal (PF), após o cumprimento de mandado nesta sexta-feira (18). A ação fez parte da segunda fase da Operação Tombstone. Ele está detido na Academia de Polícia Militar do Estado, onde fica à disposição da justiça.
"Paulo Costa", como é conhecido o militar, estava em liberdade depois de ter conseguido um Habeas Corpus deferido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. A Operação Tombstone foi iniciada a partir da análise da repercussão de casos de homicídios ocorridos na cidade de Pilar/AL. A PF identificou grupo de extermínio, constituído inclusive por agentes públicos, que agia de forma violenta e sistemática sob o falso motivo de promover uma redução na criminalidade na cidade.
A Justiça Estadual de Alagoas expediu 33 mandados que foram cumpridos pela PF no Estado (28) e na Bahia (5). As prisões resultam da conclusão das investigações dos primeiros nove casos de homicídios, atribuídos ao grupo de extermínio, no âmbito da Operação Tombstone. As pessoas do grupo, em sua maioria, já estavam presas por associação criminosa e serão novamente indiciadas e mantidas presas, agora preventivamente, em cada um dos crimes que participaram.
Os que já estavam presos, permanecem à disposição da Justiça no Complexo Prisional do Estado. Todos, nas medidas de suas participações, responderão pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições.
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A operação Tombstone
Cerca de 130 policiais federais - incluindo operadores do Comando de Operações Táticas da PF – cumpriram, em julho, 12 mandados de prisão temporária, um mandado de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Estadual. Além de Alagoas, a PF também cumpriu mandados em Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
A partir da análise da repercussão de casos de homicídios, ocorridos no período de um ano (2013 a 2014) na cidade de Pilar, interior de Alagoas, a PF instaurou inquérito em julho de 2014 iniciando investigações sobre tais ocorrências na região. Nesse período foi identificado grupo de extermínio, constituído inclusive por agentes públicos, que agia de forma violenta e sistemática sob o falso motivo de promover uma redução na criminalidade local. Para manter seu anonimato, constatou-se que o grupo em suas ações executava sumariamente não só criminosos como também possíveis testemunhas.
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