Brasil

Polícia interrompe velório de bebê em caixa de papelão e corpo é periciado

Blasting News | 08/11/18 - 11h47
Polícia Civil

O corpo de um bebê recém-nascido estava sendo velado dentro de uma caixa de papelão na cidade de Cocal, região norte do Piauí.

Na terça-feira (7), por volta das 7h, a Polícia Civil interrompeu o velório realizado de forma bastante inusitada no bairro Santa Terezinha. O corpo do bebê, cujo sexo não foi informado, estava sendo velado dentro de uma caixa de papelão.

Os policiais receberam a denúncia anônima que informava que um bebê estava sendo velado. Na denúncia, ainda foi dito que o corpo seria enterrado no quintal de uma casa.

Quando chegaram ao local, a polícia encontrou uma caixa de papelão de uma marca de eletroeletrônicos em cima de uma mesa de madeira.

Ao lado da caixa, havia uma vela acesa e um pote com água.

A polícia realizou a perícia do corpo do bebê e da caixa de papelão, que servia como caixão. As autoridades investigam se a criança nasceu morta, se houve um aborto ou se o bebê foi morto pela mãe.

A delegada Daniella Dinali afirmou que a jovem escondeu a gravidez durante os nove meses e negava que estava grávida sempre que era questionada pelos familiares.

Segundo a delegada, a mãe do bebê será ouvida para saber exatamente o que aconteceu. O depoimento ainda não foi prestado à polícia porque a jovem está internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. Ela passará por uma cirurgia.

Para a delegada Daniella, a criança deve ter nascido de parto normal. A confirmação virá após o resultado oficial da perícia.

Segundo Daniella, todos os exames já foram feitos e resta saber se houve um infanticídio ou se não houve crime algum.

Investigação

De acordo com dados preliminares, a mãe da criança e seus familiares afirmaram que o bebê nasceu sem vida por volta das 5h. O bebê morto foi entregue a avó e um tio da jovem que deu à luz a levou para o hospital.

Quando a polícia chegou ao local foi informada de que o velório aconteceria às 8h. O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Parnaíba.

Toda morte deve ser comunicada imediatamente às autoridades competentes para que sejam realizados os trâmites legais necessários. No IML, por exemplo, os médicos definem a causa da morte.

Neste caso, por exemplo, será definido se o bebê morreu após o parto, de forma natural --o que não configuraria crime-- ou se foi assassinado. Neste segundo caso, a polícia autuaria os culpados. A mãe, inclusive, seria indiciada, já que mentira para a própria família em relação à gravidez.