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Polícia investiga injúria cometida nas redes sociais por Anderson, do Molejo, contra MC Maylon

Extra | 29/03/21 - 18h18
Divulgação

O delegado Rodrigo de Barros Piedras Lopes, titular da 33ª DP (Realengo), anexou ao inquérito que apura o suposto estupro cometido pelo pagodeiro Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, contra o cantor e dançarino Maycon Douglas Porto do Nascimento Adão, o MC Maylon, um registro de ocorrência de injúria. O material apresentado por Maylon, que inclui um vídeo com músicas e paródias cantadas por Anderson em redes sociais, está sendo analisado na distrital.

- Maylon está sendo perseguido, difamado e caluniado pelo Anderson, sendo objeto de escárnio público e tendo sua honra e dignidade malucadas de forma cruel. Para auferir mídia gratuita para seu trabalho, ele vem usando suas aparições públicas para criar uma situação vexatória - explica a advogada Josy Moura, do escritório Teles de Moura Sociedade de Advogados, que defende Maylon.

De acordo com o registro, ao qual o Extra teve acesso, o cantor alega que vem sendo vítima de reiteradas humilhações por parte do pagodeiro, que também estaria “alimentando discurso de ódio contra a população LGBT”. O jovem diz que entre as “zombarias”, estão falas como “Quer biscoito”, em alusão a busca pela fama, e “Quem te levou pro Queen”, sobre um hotel na Estrada do Catonho, em Sulacap, onde os dois tiveram relações sexuais em 11 de dezembro.

O inquérito da 33ª DP apura se o encontro se deu de maneira forcada ou consensual. Maylon já prestou dois depoimentos sobre o caso, nos quais contou ser empresariado pelo pagodeiro e que, naquela noite, saiu de casa para encontrá-lo. Disse haverem combinado uma conversa sobre sua carreira, em um clube na Taquara, mas que, para sua surpresa, o vocalista do Molejo acabou levando-o de carro para o hotel.

O MC ainda garantiu a investigadores que foi empurrado para uma cama pelo pagodeiro, que, em seguida, teria lhe dado tapas no rosto, forçando uma relação sexual. Maylon, que se dizia virgem até então, alegou que foi agredido e xingado e que, ao acordar, acabou sendo abandonado por Anderson numa rua próxima ao estabelecimento.

Chamado a também prestar esclarecimentos na delegacia, o vocalista do Molejo afirmou que tudo não passou de uma cilada. Ele disse que o encontro foi combinado um dia antes com Maylon e negou ter agredido o MC. “A relação aconteceu de maneira consensual”, frisou. Além disso, destacou que, depois daquela noite, o cantor e dançarino continuou frequentando seus shows normalmente.

Procurado pelo EXTRA, o advogado Ivo Peralta, que defende Anderson, informou que ele ainda não foi notificado sobre o novo registro, mas garantiu que “inexiste” qualquer injúria.