Quatro pessoas já foram intimadas pelo 67º Distrito Policial para depor no inquérito que investiga o achado de uma ossada no último dia 15 de março, no povoado Lagoa do Félix, em Igaci, no Agreste alagoano. Os depoimentos vão ter início na próxima terça-feira (27).
A polícia não informou se os restos mortais podem ter relação com o caso da pequena Cleiciane Pereira, de 10 anos, desaparecida desde junho do ano passado. No entanto, a tia da criança informou ao TNH1 que a mãe reconheceu as roupas encontradas próximas à ossada como sendo da filha.
“Acreditamos que a ossada pode ser da Cleiciane porque minha irmã [mãe da vítima] reconheceu a presilha, o short jeans e blusa lilás que ela usava no dia em que desapareceu”, disse a tia da vítima, Mércia Pereira da Silva.
A família não sabe dizer o que teria motivado o desaparecimento de Cleiciane. "Ela não saía muito de casa; só ia mais para casa de parentes ou quando a mãe pedia para levar algum recado, mas não demorava na rua. Cleiciane nunca desapareceu antes. A mãe dela está muito abalada, só vive agora sob efeito de calmantes", descreveu.
A pequena Cleiciane morava em Arapiraca, no Agreste alagoano, com a mãe, o padrasto e mais dois irmãos.
De acordo com informações do agente de polícia do 67º DP, Daniel Pinto, na fase inicial do inquérito serão ouvidos a proprietária da terra onde a ossada foi encontrados e moradores da região, entre eles caçadores e pescadores, que ligaram para a polícia e informaram sobre os ossos encontrados.
Ainda segundo o policial, não se pode precisar se os restos mortais são do sexo feminino e se pertenciam a uma criança.
“Os ossos estavam em avançado estado de decomposição e muito espalhados quando foram encontrados. Foi preciso um trabalho conjunto da polícia e IML para recolher os pedaços. Por este motivo, só um exame da perícia pode fazer a identificação”, explicou Pinto.
O laudo do Instituto Médico Legal ainda não foi finalizado; o prazo de conclusão é de até 30 dias.
