Um tumulto protagonizado por um morador de rua e três policiais militares, com direito a tiros em via pública, levou pânico a quem passava nas imediações do Galeto do Chefe, na Avenida Getúlio Vargas, na Serraria. Tudo começou após o morador de rua, identificado como Pezão, ficar revoltado por ver negado o seu pedido por um pouco de comida aos trabalhadores do galeto.
"Ele ficou com raiva porque não deram comida a ele e passou dizer palavrões com o pessoal", contou uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
Neste momento passava pelo local uma viatura da Polícia Militar (PM), de placa DRI-2884, com três policiais, entre eles uma mulher. Foi ela, segundo apurou o TNH1, que chamou pelo nome do morador de rua e pediu para que ele fosse embora. Alterado, Pezão teria dito que respeitava apenas a policial e não os colegas dela que estavam na viatura.
Os policiais teriam reagido de imediato à provocação e partiram para cima do morador de rua. O que se viu depois disso foi uma ação desastrada dos militares.
Mesmo em número de três, os militares não conseguiram imobilizar o morador de rua, que resisitu à prisão e chegou a atirar pedras contra os policiais.
Após usar em vão o spray de pimenta, um deles sacou a arma e atirou duas vezes contra o homem, que foi atingido no pé. O outro projétil foi se alojar em um muro do outro lado da avenida.
Depois que foi imobilizado, segundo relato de testemunhas, Pezão teria sido espancado com socos no rosto e chutes na barriga, para a revolta da população. "Não precisava fazer aquilo. Ele já estava imobilizado. A culpa foi dos polciais que não souberam conduzir a situação", disse uma testemunha.
Exaltado, um dos policiais passou a xingar a população, que reclamava da ação desastrada. "Ele mandou as pessoas calar a boca e falou palavões. Disse que se fosse conosco nõs faríamos a mesma coisa e que não apanharia de um maloqueiro", contou uma testemunha.
Segundo relatos, mais duas viaturas da PM foram chamadas ao local e Pezão teria sido levado desacordado.
PM conta outra versão
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar de Alagoas, a guarnição do Batalhão de Eventos (BPE) acionada para a ocorrência foi chamada via 190 para verificar uma denúncia de ato libidinoso. Chegando ao local, ainda segundo a assessoria, os militares foram recebidos a pedradas, e um deles foi atingido na cabeça. O policial ferido foi encaminhado ao Hospital Geral do Estado para receber cuidados médicos.
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