Brasil

Por causa do calorão, procura por ar condicionado dispara

Em janeiro, alta na busca foi 317% maior do que em 2018; o preço médio do produto também subiu e chegou a 1.316,48 reais,

VEJA.com | 20/02/19 - 20h45
Ventiladores à venda em uma loja da rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, São Paulo Ocorreram crescimentos consecutivos na procura por ar condicionados em novembro (85%), dezembro (203%) e janeiro (317%), em comparação ao ano anterior | Heitor Feitosa/VEJA

A procura por ar condicionados em janeiro de 2019 foi 317% maior do que no mesmo período do ano anterior. O mês também registrou aumento significativo por ventiladores, cerca de 240%. Os dados são do site comparação de preços Zoom.

Destaque para os crescimentos consecutivos em novembro (85%), dezembro (203%) e janeiro (317%), em comparação ao ano anterior. O mês de fevereiro foi um momento de quebra, com queda de 28% até agora.

Os preços também subiram. Em novembro, o preço médio de um ar condicionado estava em 1.121,67 reais. Dois meses depois, o consumidor já teria que desembolsar um valor 17,3% maior para adquirir o produto: 1.316,48 reais.

Em fevereiro, o preço médio voltou a cair, adquirido a 1263,92 reais. Thiago Flores, CEO do Zoom, explica que a sazonalidade do ar condicionado é ainda maior, devido a seu preço. “É um produto que ainda tem penetração baixa na população”.

Bons ventos
O verão também foi bom no segmento de ventiladores. Ainda em novembro, mês que antecede a estação, a procura foi 64% maior do que em 2017. Já nos dois meses seguintes, que abrem a estação, o desempenho disparou. Em dezembro houve um crescimento de 82% e em janeiro de 240%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em fevereiro, até o momento, a procura é 46% menor do que em 2018.

Para Flores, os dados podem ser explicados pelo aumento na temperatura, já que esses produtos são muito sazonais. “Tivemos uma onda de calor muito forte e em muitas cidades foi a maior temperatura média em muitos anos”, explica ele.

Além disso, ele destaca que o aumento deve-se também a uma migração constante das pessoas do offline para o online. Ou seja, parte da população está deixando de procurar e comprar produtos nas lojas físicas, para fazer na internet.

Apesar dos números positivos, o preço médio das unidades diminuiu e seguiu movimento contrário. Em novembro de 2018, um ventilador custava 167,87 reais. O valor caiu 7,7% nos dois meses seguintes, custando 155,86 reais em janeiro de 2019. A quantia só voltou a subir em fevereiro, quando atingiu 173,48 reais, 11,3% maior do que no mês anterior.

“O cálculo é feito pelos 10 produtos mais procurados. Uma mudança nessa lista, pode mudar alguma coisa, entrando, por exemplo, um produto mais barato. Além disso, pode ocorrer uma grande adesão na loja, com a compra de muitos itens já por preço mais baixo, e com isso o preço cai também”, explica ele.