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Preocupado com ataque, Roberto Fernandes não descarta mudanças: "Tem que tentar"

Caio Lorena | 17/10/18 - 17h25
Roberto Fernandes tem feito mudanças pontuais na equipe desde que assumiu o CRB | Pei Fon / Portal TNH1

Roberto Fernandes tem batido constantemente na tecla do desempenho ofensivo do CRB. O treinador alerta para as estatísticas, toma como exemplo os números dos adversários e tenta encontrar soluções. Para o jogo contra o Goiás, avisa que o setor de ataque deve ser alterado. Só não crava quem entra no time titular. 

"O ataque nós vamos sempre estar querendo mexer. O ataque não encaixou ainda. Não foi agora, é desde sempre. Reparem bem: o campeonato tem 38 rodadas e estamos na rodada 32. O nosso ataque é o menos eficaz. Como não vai mexer? Como não vai buscar alternativas? Tem que tentar. Eu não posso ser cúmplice de determinadas estatísticas, agora o time tem um padrão, uma equipe definida. o que muda são pequenos detalhes de um jogo para o outro, na busca de tentar quebrar esse paradigma", afirmou o treinador regatiano.

 A fase dos centroavantes desperta a preocupação de Roberto Fernandes. Neto Baiano tem seis gols na Série B e Rafael Costa ainda não marcou em 12 jogos disputados pelo Galo. O técnico espera uma mudança de comportamento na reta final da Série B.

"Os dois estão precisando melhorar. Bem pesado e bem medido, a única coisa é que o Neto já tem uma historia no CRB, mas a temporada de todos os dois é abaixo de tudo aquilo que eles já produziram nos anos anteriores", destacou.

A conta dos jogadores regatianos prevê o máximo possível de pontos nas quatro partidas que restam no Trapichão. Fernandes liga o sinal de alerta e diz que é preciso se proteger da campanha como visitante do Goiás.

"Um jogo dificílimo contra a equipe que é a líder do campeonato nas últimas dez rodadas. Isso mostra a fase do Goiás. É o melhor ataque da competição e a que mais venceu fora de casa. O que o Goiás venceu como visitante, a gente não venceu como mandante. Só que a palavra de ordem é superação", assegurou o comandante alvirrubro.

Para o duelo desta sexta-feira (19), Fernandes conta com o retorno do atacante Willians Santana, que cumpriu suspensão na última rodada. O jogo será disputado às 19h15, no Trapichão.

Confira outros trechos da coletiva:

Planejamento dos jogos contra Ponte Preta e Paysandu

"O pensamento foi exatamente o que nós alcançamos. O que fugiu à regra foi o Sampaio ter ganho do Atlético-GO. Se o Sampaio não vence, o CRB teria feito dois jogos fora de casa e voltaria fora da zona de rebaixamento. E mais: o confronto direto contra o Paysandu a gente manteve à frente. Então, sinceramente, no momento do CRB, eu não perco nem tempo, na boa, com questionamentos de A, B ou C. Se o Campeonato Brasileiro é pontos corridos. Se nesse formato nunca teve, na Série A, um campeão que não seja dos 12 melhores, se de fato sobe a equipe de maior regularidade, o inverso é igual. Faltam sete jogos, então, os últimos seis times, independentemente do papel, foram as equipes que tiveram a pior regularidade".

Capricho nas finalizações

"Contra o Paysandu, a gente fez um jogo de iguais e foi competitivo. Tivemos de novo a bola do jogo nos nossos pés. O último lance do jogo, já praticamente nos acréscimos, foi do CRB. Se toma a decisão correta, se tem um pouco mais de sorte, a gente tinha saído de lá com a vitória. o que precisamos nesse momento é direcionar o nosso trabalho. Nós temos hoje o pior ataque do campeonato sendo a sexta equipe que mais finaliza. Então, o que está faltando para o CRB? Um pouquinho mais de sorte no momento da finalização, da tomada de decisão certa para fazer o gol. Na hora que o CRB tirar esse peso, conseguir vencer e quebrar esse jejum, tenho certeza que nós vamos engatar a sequência de vitórias que serão necessárias para a gente sair dessa situação de zona de rebaixamento. 

Repetição da equipe base

"O grande lance é o seguinte: no Brasil, quando você perde, você analisa resultado, quando você ganha, você analisa trabalho. Se a gente não perde da Ponte, a estratégia teria sido perfeita, mas aí tomamos um gol de um dos jogadores que não era nem um dos mais altos. Tirando esse jogo da ponte, se você pegar o jogo do Coritiba, o clássico contra o CSA e o jogo do Paysandu, você tem uma sequência de time. O que muda é uma peça ou outra por questão de fase, de rendimento mesmo".