Professores rejeitam proposta de reajuste e iniciam protestos; greve não é descartada

Publicado em 12/03/2025, às 10h31
Assessoria
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Por TNH1 com Assessoria

Trabalhadores e trabalhadoras da educação da Rede Municipal de Maceió decidiram, por unanimidade, rejeitar a proposta de reajuste salarial oferecida pela prefeitura, durante assembleia do Sinteal (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas), realizada na tarde dessa terça-feira (11).

O percentual sugerido pelo órgão seria de 4%, parcelado em duas vezes, sendo 2% em abril e 2% em outubro, ainda com 5% para ser implantado em 2026. A categoria, no entanto, rechaçou o valor e defende um reajuste de 13,6%. O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, reforçou que trata-se não apenas da pauta salarial, mas também toda uma estrutura.

“A Prefeitura precisa valorizar a os profissionais da educação em Maceió com salários justos e melhores condições de trabalho. E não é apenas sobre ganho financeiro, mas uma luta por uma educação de qualidade na capital alagoana”, declarou.

A categoria aprovou ainda, uma agenda de protestos para pressionar a gestão municipal, que iniciou logo após a assembleia com uma manifestação no Centro de Convenções, onde estava acontecendo a jornada pedagógica da rede. Segundo o sindicato, haverá um outro protesto no sábado (22), na orla da capital, no final da tarde, e uma paralisação de um dia em 1º de abril, com um ato público no Benedito Bentes.

Depois da paralisação, acontecerá uma nova assembleia no mesmo dia para avaliação das ações e definição de rumos. A possibilidade de greve não foi descartada pelo Sinteal.

Manifestação no Gustavo Leite - O protesto desta terça recebeu adesão de diversos profissionais presentes, que cantaram junto e colocaram adesivos demonstrando sua indignação. Ao final, o grupo ainda entrou no Teatro Gustavo Leite, onde fez um protesto silencioso, contornando o espaço levantando cartazes.

A campanha, que começou em dezembro com as primeiras tratativas entre Sinteal e Prefeitura sem avanços, já contou com protesto na prefeitura amplamente divulgado pela mídia local, e denúncias permanentes do sindicato sobre as condições das escolas, tanto nas páginas informativas do sindicato quanto no Ministério Público Estadual. Para os próximos dias, a agenda conta com ampla mobilização integrada entre comunicação do sindicato e ação da categoria.

O plano de lutas terá também presença de carros e motos de som nos bairros e a agenda de protestos.

O que diz a prefeitura - O TNH1 entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), por meio da assessoria de comunicação, que informou que, por enquanto, a pasta não vai se posicionar sobre a situação.

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