Brasil

Puxado por transportes, setor de serviços cresce 1,2% em agosto

Folhapress | 16/10/18 - 14h33

Após queda no mês de julho, o volume do setor de serviços do Brasil apresentou alta de 1,2% em agosto, informou o IBGE nesta terça-feira (16). Foi o melhor desempenho do setor para este mês desde 2011. A leitura ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,3%.

Assim como o desempenho comércio, que registrou movimento negativo em julho e em agosto apresentou crescimento de 1,3%, o avanço dos serviços no último mês analisado ainda não deve ser visto como uma retomada.

"O resultado de agosto não pode ser considerado o início de uma arrancada, até por que o movimento parece pontual e os indicadores antecedentes já apontam para uma queda em setembro", explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O desempenho dos serviços foi impulsionado pelo segmento de transportes e correios, que, no mesmo ritmo do setor, registrou comportamento negativo em análise anterior e agora aparece com crescimento de 3,2%. "O resultado positivo de agosto tem a ver prioritariamente com transportes graças às passagens aéreas, cuja inflação caiu e puxa para cima a receita do setor", explicou Lobo.

Vale destacar que em maio e junho, os transportes foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros, apresentando um movimento brusco, com queda de 10,2% e alta de 15,4%, respectivamente. "Essa instabilidade no mês a mês ainda faz parte do distúrbio causado pela greve."

O avanço foi acompanhado por três das cinco atividades pesquisadas no mês. Além dos transportes, os serviços profissionais administrados e complementares apresentaram alta de 2,2%, e outros serviços cresceram 1%.​

A queda ocorreu nos serviços de informação e comunicação (0,6%) e nos prestados às famílias (0,8%).

Em relação ao ano anterior, o setor avançou 1,6%, também com forte influência do segmento de transportes e correios, que na comparação entre os períodos teve alta de 4,6%. No acumulado de 12 meses, o volume dos serviços recua 0,6%, ante a baixa de 1% em julho.