"Quantas pessoas precisam morrer para se fazer justiça?", diz mulher de vítima

Publicado em 23/09/2015, às 10h46
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Por Redação

Ex-militar Luiz Pedro é acusado de ordenar o assassinato de Carlos Roberto (Crédito: TNH1 / Erik Maia)

Ex-militar Luiz Pedro é acusado de ordenar o assassinato de Carlos Roberto (Crédito: TNH1 / Erik Maia)

A primeira pessoa ouvida durante o julgamento do ex-cabo Luiz Pedro, pela morte de Carlos Roberto Rocha dos Santos, foi a esposa da vítima e testemunha-chave do crime, Alessandra Cristina Rocha.

Longe de Maceió desde a época do assassinato, ela prestou depoimento por videoconferência, em Campo Grande (MS) e, mesmo de longe, chamou atenção do júri ao pedir justiça, onze anos depois de ter presenciado o sequestro do marido.

“Há 11 anos, deixei minha família e meus amigos. Hoje, minha filha mais velha tem 15 anos. A mais nova está com dez anos de idade. Eu não cheguei a criar as minhas filhas. Não posso voltar para o lugar onde nasci. Clamo por justiça. Chegou a hora”, declarou de forma enérgica.

“Quantas pessoas vão precisar morrer para se fazer justiça? Chega de impunidade pelo amor de Deus”, completou, ao finalizar sua fala.

Proteção à testemunha

Alessandra falou aos jurados acompanhada de um representante da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB / MS. Esse último solicitou que ela seja incluída no Programa de Proteção à Testemunha, pelas ameaças que recebeu.

Há cerca de dois meses, a mulher esteve em Maceió e disse que foi ameaçada. No depoimento, ela afirmou que o marido foi sequestrado por Adézio Rodrigues Nogueira, Laércio Pereira de Barros e Naelson Osmar Vasconcelos de Melo, e disse que o crime foi ordenado por Luiz Pedro.


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