Brasil

Relógios e correntes de ouro: os bens sequestrados dos milicianos

Joias e R$ 125 mil em espécie foram apreendidos na casa de “Zinho” em condomínio de luxo na zona oeste do Rio durante operação da Polícia Civil

14/02/19 - 14h44

Anéis, braceletes, correntes e relógios de ouro. Estas foram as joias apreendidas nesta quinta-feira (14) na casa de “Zinho”, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, durante operação da Polícia Civil contra milicianos.

Os agentes também apreenderam R$ 125 mil em espécie na casa do suspeito. “Zinho” é irmão de “Ecko”, também alvo da operação, e apontado como um dos líderes de um dos principais grupos paramilitares.

No total, de acordo com a Polícia Civil, entre pertences e imóveis, foram apreendidos cerca de R$ 5 milhões em bens.

As investigações apontam que “Zinho” é o responsável por lavar o dinheiro da quadrilha com atuações na Baixada Fluminense e na zona oeste da capital.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabio Barucke, um dos objetivos principais da operação desta quinta-feira era desestabilizar financeiramente o grupo paramilitar.

“A nova estratégia contra o crime organizado, uma determinação do governador Wilson Witzel, no sentido de endurecer não só no pedido de prisão, mas no foco financeiro. A gente entende que se combater os bens adquiridos, a gente está combatendo o que eles mais pretendem”, disse Barucke em entrevista.

Segundo o delegado, o maior mérito desta operação foi o sequestro de bens. Barucke também destaca a criação do departamento contra lavagem de dinheiro para desmotivar a associação de pessoas a organizações paramilitares.

Durante a operação, foram expedidos 43 mandados de prisão e 65 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, apenas dez pessoas foram presas. “Ecko” e “Zinho” continuam sendo procurados.