Em 12 dias de funcionamento, o serviço telefônico criado pela Prefeitura do Rio já recebeu 1,8 mil denúncias de descumprimento das medidas de isolamento social, uma média de 150 por dia. Até este domingo (12) a Secretaria de Ordem Pública fechou 2.370 estabelecimentos que funcionavam sem autorização.
Na manhã deste domingo (12), operações da secretaria apreenderam equipamentos de uma barraca de caldo de cana e fecharam cinco lojas, entre elas uma sorveteria e uma agência de turismo. No sábado, 28 estabelecimentos foram fiscalizados, incluindo lojas que vendiam ovos de chocolate para a Páscoa.
Desde o dia 24 de março, o comércio da cidade está impedido de funcionar, com exceção para serviços essenciais, como venda de alimentos e farmácias. No dia 26, a prefeitura editou decreto liberando também o funcionamento do comércio de material de construção e lojas de conveniência de postos de gasolina.
Com a percepção de que as pessoas têm saído mais de casa, o município passou a usar também carros de som para alertar a população sobre os riscos. Desde esta semana, existe uma parceria com a operadora de telefonia Tim para detectar pontos de aglomeração.
O transporte público também vem sendo alvo de fiscalizações. De acordo com a prefeitura, já foram aplicadas 232 multas aos consórcios de ônibus que operam serviços especiais, como o BRT, além de 43 multas a empresas que operam linhas regulares. Uma das irregularidades constatadas é a presença de passageiros em pé.
"O que precisamos é que as pessoas acreditem no vírus, porque infelizmente ele existe, se dissemina rápido e ainda tem uma curva de crescimento", disse, em nota, o prefeito Marcelo Crivella. "Todos devem se proteger, além de proteger aqueles com quem estiverem no seu dia-a-dia."
