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Rival de Anderson Silva no UFC 237 foi expulso do exército por fumar maconha

ESPN | 11/05/19 - 17h55
Reprodução ESPN

Jared Cannonier entrará em um dos ambientes mais hostis que se pode imaginar no mundo do MMA: um octógono no Brasil diante de um dos maiores lutadores da história do UFC.

Cannonier, de 35 anos, enfrentará ninguém menos do que Anderson Silva no UFC 237, neste sábado, no Rio de Janeiro. E o norte-americano, que tem 11 vitórias e 4 derrotas em seu cartel, estará frente a frente com uma lenda do esporte que já tinha um cinturão do Ultimate numa época em que ele próprio nem pensava em estar no MMA.

Em 2006, enquanto Anderson se tornava campeão dos médios do UFC, Cannonier estava no exército. Mas pouco tempo depois, ele seria expulso do serviço militar.

"Eu fui reprovado num teste de drogas. Eu fui transferido, voltei para casa e fui comemorar fumando maconha com minha família. Voltei para o exército e fiz um teste de drogas e eles disseram "Ok, tchau". Quando eu vejo pessoas levando palmadas por bem menos...não quero dizer nada de ruim, mas vou manter para mim os comentários", disse o norte-americano, ao site MMA Fighting.

Mesmo assim, o tempo no exército o ajudou a dar início a sua profissão atual. "Em 2006 eu estava no exército, estava tomando ordens do meu sargento. Foi nessa epoca que eu comecei a gostar mesmo de MMA, competia, eu adorava. Saí do exército, entrei na escola de judô, depois de jiu-jitsu e agora estou aqui", contou, ao ESPN.com.br.

Apesar de ter praticamente 100% da torcida contra na Jeunesse Arena no sábado, Cannonier garante que não irá sentir a pressão. "Nao espero lidar com essa pressão porque o que os outros fazem longe da minha cara não me interessa. Enquanto não me tocarem ou me agredirem, está ótimo. Eles podem fazer o que quiserem. Não vou lá para lutar contra a torcida. Contanto que eles respeitem meu espaço, eles podem me chamar do que quiserem e falar as coisas mais sujas possíveis. Porque eu tenho um objetivo em mente e isso é maior do que qualquer insulto que eles possam falar".

O norte-americano também mostra respeito a Anderson Silva, dizendo que se vencer o brasileiro no Rio será o maior feito de sua carreira e revelando inspiração em Spider. "(Vencer Anderson Silva) Seria o número 1. Lutar contra ele já é o feito mais importante da minha carreira. Mas vence-lo seria algo gigante na minha carreira, todos vão me conhecer. Eu vi meu rosto num outdoor em Las Vegas, isso é novidade para mim. Acho que se eu vencê-lo, é melhor se acostumar. Eu não diria que ele me inspirou pessoalmente, mas sim profissionalmente. Tê-lo visto contribuiu para minha entrada no esporte".

E Cannonier não titubeou ao dar seu palpite para o combate deste sábado: vitória por nocaute no segundo round.

"A luta pode ir para diversos caminhos. Eu acho que vou ganhar, provavelmente no 2º round, ele se mexe muito no 1º round. Acho que no 2º round pode ser nocaute ou TKO. Mas eu também posso levar o nocaute. Mas eu vou para a vitória. Mas o mais provável é que eu consiga o nocaute", analisou.