Política

Roberto Campos Neto é confirmado como futuro presidente do Banco Central

Veja | 15/11/18 - 15h56
Ueslei Marcelino/Reuters

O economista Roberto Campos Neto, diretor do Santander, foi oficializado hoje presidente do Banco Central pela econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro. Também foi confirmada a permanência de Mansueto Almeida no cargo de secretário do Tesouro Nacional.

“O economista Roberto Campos Neto aceitou o convite e terá seu nome indicado ao Senado Federal para presidir o Banco Central”, afirma a equipe de transição do futuro governo.

O presidente do Santander, Sérgio Rial, desejou sucesso para Campos Neto na nova função. “Roberto Campos Neto é um profissional com sólida formação e profundo conhecimento da área econômica. Desejamos a ele muito êxito no desempenho de sua nova função, tão importante para o desenvolvimento do país”, afirma Rial, em nota.

A escolha de Campos Neto acontece após Ilan recusar o convite para permanecer à frente do BC. A interlocutores, ele alegou motivos pessoais para deixar o cargo.

Próximo de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, o economista é neto do liberal Roberto Campos. Pós-graduado em economia pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), Campos Neto deixa diretoria do Banco Santander, onde ingressou em 2000.

A demora para confirmar o nome do futuro presidente do BC demorou para ser feita, pois a área econômica da equipe de transição estaria “checando” a sua biografia. É que a escolha pode mexer com o humor do mercado.

Uma das missões do novo presidente da instituição será o de convencer o Congresso a aprovar a independência formal do órgão, com a instituição de mandatos não coincidentes com os do presidente. “Não podemos estar a cada eleição falando será que ele [presidente do Banco Central] fica? Será que ele não fica? Será que ele muda? Será que ele não muda? Então, teremos um Banco Central independente”, afirmou Guedes no final de outubro.

Na mesma nota, a equipe de transição confirmou a continuidade de Mansueto Almeida à frente do Tesouro Nacional, cargo que ocupa desde abril de 2018. “Com extensa experiência no setor público, tendo passado pelo Ipea e ocupado outros cargos importantes no Ministério da Fazenda, é mestre em Economia pela USP e cursou doutorado em Políticas Públicas no MIT”, diz a equipe de transição do futuro governo.