Brasil

Roubo de cabos chega a quase 5 milhões de metros no Brasil

Olhar Digital | 04/12/21 - 08h34

De acordo com os números da Conexis (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal), quase 7 milhões de pessoas já tiveram a conexão interrompida por roubo ou furto de cabos na rede, isso apenas em 2020.

Segundo o levantamento, um dado que corrobora o resultado citado antes é o salto no roubo de cabos no Brasil. Foram 4,7 milhões de metros de cabeamento roubados este ano, um crescimento de 16% frente ao ano anterior.

Só no primeiro semestre, foram subtraídos 2,3 milhões de metros de cabos (o número equivale à distância do Rio de Janeiro até a capital argentina Buenos Aires), deixando milhões de brasileiros sem acesso à internet.

Em busca de soluções, entidades que representam as companhias de telecom apresentaram esta semana uma carta aberta que alerta para todos os problemas causados por essa prática.

O setor defende que as autoridades, por meio de uma ação coordenada de segurança pública, se juntem para criar uma estratégia de combate a essas ações. Dentre as medidas, as teles demandam que sejam aprovados projetos de lei como o PL 5.845 de 2016, que aumenta as penas para crimes como esse.

“É preciso traçar uma estratégia nacional de ataque a esse problema de furto, sequestro e especialmente reutilização de equipamentos furtados por operadores irregulares”, afirmou Wilson Diniz Wellisch, superintendente de Fiscalização da Anatel. “É a partir dessa integração de órgãos de segurança com apoio da Anatel que vamos conseguir atacar esse problema. Deve haver uma estratégia nacional para entender essa cadeia, como essas operações criminosas funcionam, para podermos atacar de uma vez o sistema”, finalizou.

Assinado pela Abrint, Associação NEO, Brasscom, Conexis Brasil Digital, Febratel, Telebrasil e Telcomp, o documento ressalta que o crime prejudica a oferta de serviços de telecomunicações no país: “Além da perda de arrecadação de impostos, a criminalidade impacta o caixa das empresas, que acumulam milhões em prejuízos com a substituição de equipamentos, perda de clientes e penalização regulatória”, afirmam as entidades.