Quem nunca presenciou ou assistiu pela televisão casais em beijos cinematográficos durante as festas de Carnaval? Esse contato é comum durante bailes, blocos e festas de rua nesta época, quando a paquera corre solta. Mas, o infectologista da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Renee Oliveira, alerta que esse contato despretensioso, pode transmitir o vírus Epstein-Barr, presente na saliva, e que provoca a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a “doença do beijo”.
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Também transmitida durante as relações sexuais e compartilhamento de objetos pessoais como escova de dente, copos e talheres, a mononucleose apresenta sintomas que duram cerca de 30 a 45 dias. Entre eles estão a dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios.
“É uma doença comum principalmente entre jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e pode ser evitada com o não compartilhamento de objetos pessoais, como escovas de dente e copos, e evitar o contato íntimo com múltiplas pessoas”, ressaltou o infectologista da Sesau.
O médico lembrou que, apesar de não existir um tratamento específico para a mononucleose, os pacientes podem se dirigir à unidade de saúde mais próxima para serem medicados para alívio dos sintomas. “O acompanhamento é feito com anestésicos e antitérmicos, sempre com orientação de um profissional de saúde”, reforçou.
Para o infectologista da Sesau é importante que as pessoas tomem cuidado, mesmo sem deixar de lado a diversão características dessa época. “O Verão e o Carnaval são períodos marcados por festas que favorecem encontros entre as pessoas, no entanto é sempre prudente lembrar-se de tomar precauções e, em casos de relações sexuais, sempre usar preservativos que protegem não apenas de ISTs [Infecções Sexualmente Transmissíveis], como também da gravidez não planejada”, lembrou.
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