No jogo em que o goleiro Aranha completou 150 partidas com a camisa alvinegra e Rogério Ceni estreou como técnico diante da torcida, a Ponte Preta passou vergonha. Graças um time “débil” montado pelo técnico Felipe Moreira e uma atuação hilária – para não usar adjetivo mais forte – da dupla de zaga Kadu e Fábio Ferreira. Em uma tarde de domingo para ser esquecida, a Macaca levou 5 a 2 do São Paulo e poderia sofrer uma goleada histórica, no Morumbi, que recebeu mais de 50 mil torcedores pela segunda rodada do Campeonato Paulista.
Foi a primeira derrota da Ponte em jogos oficiais em 2016. O time vinha de empate no amistoso contra o Palmeiras (1 x 1) e vitórias sobre Ferroviária (2 x 1) e Campinense-PB (2 x 0). Em todos, porém, a atuação alvinegra foi abaixo da média, o que coloca em “xeque” o trabalho de Felipe Moreira, principalmente, pela atuação desastrosa do sistema defensivo, em um time que só ficou na retranca.
Do outro lado, o São Paulo, enfim, comemora uma vitória convincente pela primeira vez sob o comando de Rogério Ceni. O duelo marcou o retorno e estreia do, agora treinador, no Morumbi. Palco onde brilhou e virou ídolo como goleiro.
A vitória coloca o Tricolor na liderança do Grupo B, com três pontos. Supera o segundo colocado Linense no saldo de gols: 1 a -2. Por outro lado, a Macaca caiu para a lanterna do Grupo D, com três pontos e dois gols negativos de saldo.
PURA ILUSÃO!
Assim como acontecera em jogos anteriores, a Ponte mais uma vez abdicou-se da posse de bola no início. Tanto que nos primeiros minutos, o São Paulo chegou a ter quase 70% de posse de bola. Além de marcar muito atrás, a Macaca ainda encontrou enormes dificuldades em encaixar contragolpes e ainda cedeu muitos espaços na defesa.
A sorte dos campineiros é que o Tricolor também não foi eficiente no ataque no começo e praticamente não assustou. Em uma das raras chegadas dos alvinegros ao ataque, saiu o gol aos 22 minutos. Após contra-ataque, o atacante William Pottker rolou para o volante Matheus Jesus. De fora da área, ele soltou uma bomba e contou com a “mão de alface” do goleiro Sidão, que viu a bola entrar no ângulo direito.
Mesmo inoperante ofensivamente, a Ponte ainda teve a chance de ouro de marcar o segundo aos 26 minutos. Em nova jogada de velocidade, o atacante Clayson cruzou na medida para o atacante Lucca. Ele pegou de virada, na área, e exigiu uma bela defesa de Sidão.
MÃE DO ANO: KADU!
Depois de encontrar dificuldades na criação, o Sampa conseguiu encaixar seu jogo a partir dos 30 minutos. Acuando o adversário na defesa, o gol parecia questão de tempo. E de fato foi, graças a espaços dados pela defesa, sobretudo, o zagueiro Kadu que falhou nos dois gols da virada.
No primeiro, aos 32 minutos, ele deu um bote errado na intermediária e deixou uma avenida em seu setor. O atacante Gilberto aproveitou o espaço, invadiu a área e bateu cruzado. O goleiro Aranha espalmou e, na sobra, o meia Cueva mandou para o gol vazio. No segundo, aos 43, Kadu saiu jogando errado. Melhor para Cueva, que ficou com a bola, e enfiou para Gilberto bater na saída de Aranha.
SHOW DE HORRORES!
Se o final do primeiro tempo foi ruim, o início do segundo foi uma verdadeira tragédia. Completamente perdida em campo, a Ponte seguiu cometendo erros bobos, quase amadores, na defesa. Logo aos quatro minutos, o atacante Luiz Araújo perdeu chance incrível. Em contra-ataque, saiu na cara do gol, mas finalizou em cima de Aranha.
O atacante tricolor, entretanto, ganharia mais alguns presentes. Aos 11 minutos, o zagueiro Fábio Ferreira deu uma “assistência” para o volante Thiago Mendes. De fora da área, o meio-campista bateu colocado, no ângulo direito de Aranha.
