Em mais um passo rumo à equidade de gênero, a seleção alemã de futebol divulgou que não irá mais jogar em países onde mulheres são discriminadas, reprimidas ou marginalizadas. A ação faz parte de um projeto apresentado pelo presidente da Federação Alemã de Futebol (Deutscher Fussball-Bund), Fritz Keller.
“Não mandaremos nenhuma seleção alemã [masculina ou feminina] para partidas em países que não têm igualdade de direitos”, declarou. “Não devemos mais fingir que esses desafios sociais e esses desenvolvimentos políticos globais não existem.”
Em um artigo publicado na quarta-feira (6) no jornal alemão Die Welt, o presidente da federação afirmou que a proposta foi aprovada por unanimidade pela diretoria da entidade.
Seleção alemã é signatária de iniciativas de equidade de gênero
No documento, Fritz destacou que o direito das mulheres é um “valor inquebrável” e assumir esse valor faz com que o futebol alemão responda, de maneira diferenciada, a perguntas complexas. A seleção alemã é signatária internacional de iniciativas que promovem a igualdade e equidade de gênero.
Por fim, o presidente da federação abordou as tensões envolvendo jogadores de origem turca na seleção da Alemanha. “O direito à liberdade de expressão é indispensável e protegido constitucionalmente”, ponderou.