Alagoas

Sem lockdown: governador prorroga decreto, mantém medidas e foca na fiscalização do isolamento

Gilson Monteiro | 20/05/20 - 18h57

Mais de 4 mil casos confirmados e 251 mortes por covid-19 no estado. Números que levaram o governador Renan Filho (MDB)  a prorrogar o decreto de emergência por mais 11 dias, com vencimento no dia 31 de maio. 

Apesar da expectativa por conta do que foi feito em outros estados, como Pernambuco, o govenador não optou pelo bloqueio total, o lockdown. O endurecimento prometido durante a semana pelo governador se traduziu na intensificação da fiscalização do isolamento, e um pedido para que a população fique em casa. 

O decreto mantém as medidas do documento anterior, emitido no dia 05, (baixe aqui) e reforça a fiscalização principalmente na região metropolitana de Maceió e na cidade de Arapiraca, onde foram registradas as maiores taxas de crescimento dos novos casos do coronavírus.  

Questionado sobre a capacidade do efetivo policial para a fiscalização, o govenador disse que o trabalho será mais focado, planejado, para aproveitar melhor o efetivo. Ele não deu detalhes de como será essa nova fase da fiscalização do isolamento.

Comércio

Seguindo uma linha mais dura,  não houve liberação de reabertura de novas atividades econômicas, como ocorreu no decreto anterior, quando foram liberados concessionárias de automóveis e papelarias. 

Por que locakdown ainda não?

Durante a coletiva ao lado do secretário de Saúde, Alexandre Ayres, questionado pela imprensa sobre por que não instituir o lockdown agora, como já fizeram outros estados, Renan Filho disse que ouviu entidades como a Sociedade Alagoana de Infectolgoia, - que defendia o bloqueio total pelo menos na região metropolitana da capital - mas que nos estados que instituíram o lockdown não necessariamente aumentaram o nível de isolamento. 

"É o lockdown que salva? ou é o apoio da população? É necessário observar a experiência de outros estados. É uma medida extrema, entaõ que ela ao menos surta os efeitos esperados", reforçou, alertando.

"Ainda temos leitos abertos e abrimos outros. Ainda Prorrogamos [o decreto] , mas nada impede de tomarmos medidas até lá.  Não significa que vamos esperar se for necessário". 

O secretário Alexandre Ayres falou ao blog do Ricardo Mota sobre as razões de segurar o lockdown neste momento. 

“O Sistema de Saúde enfrenta uma sobrecarga extremamente preocupante, devido à velocidade de transmissão do coronavírus. O lockdown é uma medida extrema, que implica a sociedade em vários aspectos, não apenas a saúde. Há de se considerar ainda que uma relevante parcela da sociedade alagoana vive em substituição de subsistência, e os impactos gerados para essas famílias podem ser muito graves”, pondera Ayres. (Leia matéria completa).