Alagoas

Sem Terra realizam ato em memória aos 22 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás em Maceió

17/04/18 - 11h00
Assessoria MST

Um ato ecumênico foi realizado pelo Movimento Sem Terra (MST) na manhã desta terça-feira, 17, em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas, no Centro de Maceió, em memória dos 22 anos do Massacre de El Dorado dos Carajás. A manifestação pedia o fim da violência e impunidade no campo e contou com a presença de lideranças religiosas e representantes de movimentos populares, sindicatos e partidos.

O massacre em questão teve 21 trabalhadores rurais assassinados pela Brigada Militar, em 1996, no Pará. Mesmo depois dos anos passados, a coordenação do MST Nacional argumenta que este não foi um caso isolado e que, até hoje, ainda existem casos de violência na luta pela terra.

“O massacre em Eldorado ficou conhecido internacionalmente e, desde então, o dia 17 de abril é marcado como o dia internacional de luta camponesa, onde em todo o mundo levantamos a bandeira em defesa da Reforma Agrária e contra a violência ainda presente nos dias de hoje no campo brasileiro, estimulada pela impunidade que aumenta o número de mortes, de atos violentos, ameaças e tensões no meio rural”, explicou Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.

Atos durante a semana

Na segunda, 16, os Sem Terra ocuparam a Secretaria do Estado da Fazenda (Sefaz), exigindo audiência com o governador do estado Renan Filho (MDB) para avançar nas negociações das terras da massa falida do Grupo João Lyra, reivindicação antiga dos movimentos de luta pela terra de Alagoas.

Foi realizado também um mutirão para doação de sangue no Hemocentro de Alagoas, onde cerca de 100 participantes dessa jornada contribuíram para o aumento dos bancos de sangue do estado.