Polícia

Servidora do TJ vazou informações de operação por meio de pedreiro, diz advogado

Mesmo confirmando o vazamento, advogado afirmou que a servidora não tinha intenção de atrapalhar a investigação

07/08/18 - 12h41
reprodução/Google

O advogado da servidora do Tribunal de Justiça presa ontem (6), suspeita de vazar informações sobre uma operação policial que cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e terminou com sete pessoas presas, em julho, conversou nesta terça (7) com exclusividade com o TNH1. Ele confirmou que ela enviou o áudio sobre a operação para um pedreiro.

O advogado Wesley Souza de Andrade confirmou que sua cliente, Rita de Cássia da Silva, enviou o áudio, mas nega que ela tenha tido a intenção de vazar informações para criminosos da região.

Ele explicou que Rita estava fazendo uma reforma em casa e o pedreiro que trabalhava lá foi preso, em uma ação anterior, por porte ilegal de arma. O advogado disse que ela teria adiantando um valor em dinheiro para que o pedreiro pagasse a fiança.

“Na semana da operação, ela estava fazendo a decisão dos mandados da operação, para o juiz da vara onde trabalhava, quando apareceu um nome e uma alcunha que batiam com o do pedreiro e ela chegou a ligar para ele para saber se ele estaria envolvido em algum crime”, explicou.

O advogado seguiu explicando que a ligação telefônica estava ruim, e que a sua cliente decidiu mandar um áudio para o pedreiro cobrando explicações. “Ela sabe da gravidade do que cometeu, não se isenta disso, mas em nenhum momento teve a intenção de vazar informações, ou de prejudicar a ação da polícia”, concluiu.

Exoneração

Ontem, o Tribunal de Justiça de Alagoas divulgou nota em que confirma a determinação da exoneração da servidora, que foi publicada do Diário Oficial da Justiça de hoje.

De acordo com a publicação, Rita de Cássia da Silva foi exonerada a pedido do juiz titular da 8ª Vara Criminal da cidade, considerando o teor do processo administrativo n.º 2018/10.161, que apura a responsabilidade dela no fato.