Suspeito de ter atirado em guarda irá se apresentar à delegacia de Murici, diz advogado

O principal suspeito de ter assassinado o guarda municipal José Nilton da Silva, no município de Murici, Zona da Mata alagoana, na noite do último domingo, irá se apresentar à polícia nesta terça-feira (15), na delegacia da cidade. É o que garante o advogado de defesa de Kaio Bruno Vasconcelos, Roberto Marques. Ele afirma também que a ação do cliente foi em legítima defesa.

De acordo com o advogado, Kaio teria atirado em José Nilton porque foi "atentado" antes. Ele alega que a vítima também estava armada, e teria disparado inicialmente por três vezes, dando assim início ao confronto.

O advogado conta que a discussão que motivou o crime, de acordo com Kaio, começou após José Nilton tê-lo agredido gratuitamente com tapas, horas antes. A confusão ocorreu na praça Padre Cícero, no centro da cidade. Algumas testemunhas filmaram a briga, como neste vídeo enviado ao TNH1.

Só após a cena, Kaio foi em casa para buscar o revólver calibre 38 utilizado no crime, porém Marques defende que o cliente se valeu da arma apenas por precaução.

“Ele foi na tentativa de conversar com o Nilton, mas sabendo que ele tinha um histórico problemático, de muitas confusões. Tanto que quando voltou, foi recebido com balas. Meu cliente atirou mas, caso não o tivesse feito, o morto seria ele. Ele não foi pra atirar. O que ocorreu foi por conta da circunstância criada”, argumenta o advogado.

O crime

Na delegacia de Murici, os agentes confirmaram que Kaio foi o autor dos três disparos que atingiram José Nilton. Ele foi levado por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda com vida ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

Segundo informações de testemunhas ouvidas pela Polícia, Kaio Bruno Vasconcelos teria discutido com o guarda, de 39 anos, em um bar, horas antes de se reencontrarem na praça, onde todo domingo acontecem apresentações de música ao vivo.

De acordo com o comandante da Guarda Municipal, Roberto Rocha, a vítima fazia parte da corporação há nove anos. "José Nilton era casado e tinha dois filhos. Inclusive, ele morreu no dia em que um deles fez aniversário de 12 anos", lamentou Rocha.