A história de encontros do advogado Júlio César Cavalcante Silva com os policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) não é de agora. No ano de 2007, ele foi preso por uma guarnição do mesmo batalhão, em companhia de dois menores. O advogado foi acusado de realizar assaltos em um hotel de Maceió. Com o trio, a polícia achou um revólver calibre 38 e munições.
À época, Júlio estava foragido e teve a prisão decretada pelo então juiz Hélder Loureiro, da 10ª Vara Criminal, e teve o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) suspenso por 90 dias. Desta vez, o advogado volta à cena policial, suspeito de participar de um assalto a uma padaria no bairro da Ponta Grossa, nessa sexta-feira (4), com mais dois suspeitos.
Na perseguição policial, houve troca de tiros e o carro Palio, ocupado pelos suspeitos foi encurralado no Beco São José, no Centro de Maceió. Dois homens foram mortos. Júlio estava no carro, ficou ferido e se entregou à polícia.
Ele foi medicado e hoje está em uma das celas da Central de Flagrantes I, no bairro do Farol.
OAB
O presidente da OAB/AL, Thiago Bonfim, está viajando, mas informou, por meio de sua assessoria, que logo após a prisão, a entidade foi comunicada do fato e encaminhou dois representes para acompanhar o advogado Júlio César. Estiveram com o advogado preso, Álvaro Torres, presidente da Comissão em Defesa das Prerrogativas e Ricardo Moraes, presidente da Comissão de Relações Penitenciárias. "Eles estiveram na delegacia e garantiram todas as prerrogativas fossem respeitadas. Cabe agora ao advogado preso constituir um colega para que este faça sua defesa. Ainda em relação às prerrogativas, ele será encaminhado para a Corpo de Bombeiros onde ficará à disposição da Justiça" - disse Bonfim.
Processo administrativo
Em relação a um processo administrativo contra o advogado, o presidente da OAB/AL informou que só será possível quando a acusação transitar em julgado, ou seja, quando não couber mais recurso.
LEIA MAIS
+Lidas