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'Temi ficar inválido', diz ator Léo Rosa, que trata câncer em metástase

TV Famosos | 23/01/20 - 09h09
Reprodução / Instagram

O ator Léo Rosa recebeu uma notícia que alteraria sua vida há dois anos: ele estava com câncer nos testículos e precisaria iniciar o tratamento. Mais tarde, ele descobriu que a doença havia espalhado, com duas metástases. Foram 29 sessões de quimioterapia, duas cirurgias. Depois, um médico lhe deu duas opções: fazer um transplante de medula óssea ou seis meses de vida. Léo se recusou a fazer a operação, mais uma em uma série que o tinha deixado fragilizado.

"Eles me chamaram para fazer um transplante de medula óssea. E eu falei: Cara, não vou fazer. Acho muito invasivo, ele inviabiliza um tratamento que eu gostaria de fazer, que era o da Terapia Gerson, eu prefiro fazer Terapia Gerson antes. Eu posso até fazer em algum momento o transplante de medula óssea, mas no meu ponto de vista é a última saída. Porque, depois dele, tem uma série de coisas que eu não poderia fazer mais", conta.

A Terapia Gerson é um tratamento alternativo que ele decidiu seguir depois de sua experiência, que é voltada ao consumo de frutas frescas, alimentos orgânicos, legumes e cereais integrais. O seu princípio é que o corpo possa se recuperar por meio da remoção de toxinas e da incorporação de nutrientes. "O que eu posso fazer é agradecer esse médico. Baseado nesse diagnóstico, eu tomei a dianteira em relação a algumas coisas e fiz escolhas das quais me orgulho. Eu realmente estou muito melhor do que há um ano, e muito disso está ligado ao fato de eu não estar fazendo um tratamento tão nocivo", declara ele.

O ator conta que confrontar a morte trouxe diversas novas perspectivas, mas ele garante: "Não senti, salvo algumas poucas exceções, que eu estava indo dessa vez. Só passei a perceber que em algum momento eu vou". No entanto, ele confessa outros medos que passaram por sua cabeça. "Durante o processo, o único medo que eu tive foi de ficar totalmente à mercê e não conseguir mais agir, não conseguir mais fazer nada, de alguma maneira ficar completamente inválido, ou qualquer coisa do tipo. Eu sabia que eu não ia mais viver da mesma maneira, que alguma coisa mudaria. Não sabia exatamente o que é, como ainda não sei o que é. Mas sinto que estou saindo dessa situação com muito mais possibilidades do que limitações", afirma ele.

Agora, ele segue com a terapia: "Eu tenho uma evolução de quadro muito, muito positiva. Tenho feito um acompanhamento, principalmente, à base de dieta, orientado pela equipe da clínica que fiz tratamento lá no México. Então, continuo em tratamento nesse sentido, de cuidado, e uma série de restrições que tenho, principalmente alimentares nesse momento. Mas estou me sentindo muito bem fisicamente, ativo para caramba, e me organizando de novo para poder voltar a trabalhar".