Futebol Nacional

Thiago Neves cobra R$ 20 milhões do Atlético-MG e clube se defende: 'Um absurdo'

O Tempo | 18/09/20 - 13h31
Vinnicius Silva/Cruzeiro

A negociação do Atlético com o meia Thiago Neves foi encerrada na última segunda (14), mas essa história ainda vai render. O meia enviou uma notificação extrajudicial ao Galo, em que cobra uma multa de R$ 20 milhões e alega que tinha assinado um pré-contrato com o clube mineiro. O Atlético desistiu da contratação após repercussão negativa da torcida.

No documento, revelado pelo portal ge, a notificação informa que o Galo "fixou o dever das partes iniciarem, de imediato, vínculo empregatício desportivo". A rejeição da torcida do Galo pelo passado de Thiago com a camisa do rival Cruzeiro fez com que o Galo desistisse de prosseguir com a negociação. 

Consultado, o Atlético informou que "considera um absurdo. Não há sequer contrato assinado". Procurado pela reportagem, o empresário do jogador, Leandro Lima, disse que "está fora da esfera comercial e esportiva. Está na esfera judicial e não tenho mais nada a declarar no momento". Thiago Neves, que acertou nessa quinta com o Sport, também não quer se pronunciar.

A defesa de Thiago enviou a notificação e, se não for acatada pelo Galo, o jogador vai acionar a Justiça. Segundo apurou o Super.FC,  a defesa do meia está segura quanto à notificação, uma vez que tudo partiu do Atlético: consulta, proposta, negociação e pré-contrato. Esse pré-contrato teria, ainda, validade jurídica.

Foram notificados o presidente Sérgio Sette Câmara e o diretor de futebol do Galo, Alexandre Mattos, envolvidos na negociação. Na última terça, no lançamento de seu livro, Mattos chegou a garantir que não houve nada assinado entre Atlético e Thiago Neves.

Ao portal ge.com, Leandro Lima, empresário de Thiago, disse que Sette Câmara sabia do risco da negociação, mas que bancaria, o que não ocorreu.

"Quando indagamos ao presidente Sette Câmara do tamanho do impacto que a contratação do Thiago poderia causar, o presidente foi categórico ao retrucar de imediato que tinha peito e mais de vinte processos contra torcida do Galo. E mais: que era homem suficiente para bancar a contratação. O que aconteceu é que faltou gestão e conhecimento de quem está dentro do clube, que, face a uma enorme pressão, não tiveram força para manter o compromisso assumido", contou.

Sérgio Sette Câmara e Alexandre Mattos foram consultados pelo Super.FC, mas não deram retorno até a publicação desta matéria.