Alagoas

Trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Redação TNH1 | 18/08/20 - 09h48
Foto: Arquivo / Agência Brasil

Trabalhadores do serviço de Correios aderiram a uma greve nacional por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18).

Com a paralisação, o serviço será mantido com o percentual mínimo de 30% previsto em lei. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintec-AL), um levantamento ainda está sendo finalizado para apontar quantas agências devem fechar no interior de Alagoas durante o periodo de greve.

Na capital, embora com um número de trabalhadores reduzido, todas as agências devem se manter de portas abertas, conforme o sindicato. 

De acordo com o presidente do Sintec-AL, Alysson Guerreiro, a greve é para cobrar o cumprimento de 78 cláusulas acertadas em um acordo coletivo no ano passado.

"Mesmo na pandemia, estivemos trabalhando para manter esse que é um serviço essencial e fomos surpreendidos com a retirada de benefícios, que passam por gratificações, plano de saúde e ticket alimentação", frisou.

Em nota, os Correios informou que os serviços estão sendo prestados normalmente em todo o Brasil e que a empresa possui Plano de Continuidade de Negócios, para continuar atendendo à população em qualquer situação adversa.

"Os Correios têm conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia. A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida. Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos", trouxe a nota.