Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, é, hoje, um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro. Líder do terceiro Comando Puro (TCP), uma das principais facções que disputam o controle de território em comunidades da capital fluminense, Peixão se intitula como "líder espiritual" e proibiu a venda de crack em locais dominados por ele.
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Além de se apropriar do discurso religioso para gerenciar os seus territórios, o traficante criou o Complexo de Israel, que engloba as áreas da Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco Boca e Pica-pau. Peixão também espalhou símbolos judaicos, como a Estrela de Davi e a bandeira isralense, pelas comunidades e teria destruído terreiros e proibido festas religiosas da Igreja Católica.
Ouça, abaixo, susposto áudio do traficante Peixão proibindo a venda de crack no Complexo de Israel.
Para manter as regiões conquistadas e evitar que outras facções invadam seus domínios, Peixão investiu em um forte poderio bélico, que foi capaz de sustentar horas de confronto com as forças policiais do Rio de Janeiro. Uma investigação feita pela Polícia Civil apontou que o traficante teria usado drones para atacar rivais em outras comunidades.
Nesta terça-feira (11), as forças policiais do RJ montaram uma operação para demolir imóveis do traficante. Um dos alvos da ação é o "Resort Green", uma área de lazer de luxo que foi construída com dinheiro do tráfico e que seria de Peixão. Agentes do Bope também destruíram a Estrela de Davi que foi instalada no alto da comunidade pelo traficante.
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