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Ao mesmo tempo em que buscam tratamentos eficazes contra a Covid-19, pesquisadores tentam desenvolver vacinas que protejam contra o Sars-Cov-2. Nesta semana, cientistas europeus e australianos anunciaram que testarão a vacina BCG, contra tuberculose, em princípio nos profissionais de saúde que trabalham diretamente com infectados. Ontem, uma equipe norte-americana publicou, na revista Science, um importante passo para a criação de uma imunização específica. Eles revelaram, em escala atômica, a estrutura do micro-organismo em contato com um anticorpo que pode combatê-lo.
Como são baixas as expectativas de que uma vacina contra o Sars-Cov-2 saia ainda neste ano, grupos de pesquisa idealizaram testes para utilizar uma substância já existente para proteger profissionais de saúde. “Sabemos há décadas que a BCG tem efeitos benéficos inespecíficos, ou seja, protege contra outras doenças além daquela para a qual foi criada, a tuberculose”, explicou à agência France-Presse (AFP) Camille Locht, diretora de pesquisa do Inserm no Instituto Pasteur de Lille, na França.
As crianças vacinadas com BCG sofrem menos de outras doenças respiratórias, e a fórmula é usada no tratamento de certos tipos de câncer de bexiga, além de proteger contra asma e doenças autoimunes, como o diabetes tipo 1. A hipótese é de que a vacina contra a tuberculose possa ter um efeito semelhante contra o novo coronavírus, reduzindo o risco de infecção ou limitando a gravidade dos sintomas.
Os pesquisadores continuam cautelosos, porém, antes de afirmar que a BCG tem um efeito protetor contra o Sars-Cov-2. “Essa é, precisamente, a razão dessa pesquisa”, afirma Mihai Netea, professor de medicina experimental no Centro Médico da Universidade Radboud, que anunciou o lançamento de um ensaio clínico com a Universidade de Utrecht envolvendo 1 mil profissionais da saúde (500 receberão a vacina, e 500, um placebo). “Se houver menos pessoas no grupo vacinado com BCG que tiverem que parar de trabalhar por causa da doença, será um resultado encorajador”, acrescentou o renomado especialista em “imunidade treinada”.
Reação orquestrada
Esse conceito recente ilustra a descoberta de que o sistema imunológico adquirido (aquele que desenvolve anticorpos) não é o único com memória. O sistema imunológico inato também pode estar preparado para combater os ataques, graças, em particular, a vacinas vivas atenuadas, como BCG ou sarampo.
No entanto, no caso da Covid-19, além da infecção pelo vírus, ocorre, nas formas severas, uma resposta imune excessiva, com a produção descontrolada de proteínas pró-inflamatórias, as citocinas. “A vacinação, em particular contra a BCG, poderia ajudar a orquestrar melhor essa resposta imune inflamatória”, explica Laurent Lagrost, diretor de pesquisa do Inserm, que trabalha nesses vínculos entre a inflamação e o sistema imunológico.
Na Austrália, uma equipe de pesquisadores do Instituto Murdoch de Melbourne também lançou um grande estudo, incluindo 4 mil profissionais da saúde em hospitais de todo o país. “Esperamos ver uma redução na frequência e gravidade dos sintomas da Covid-19 para os profissionais da saúde vacinados com a BCG”, disse o líder da equipe, Nigel Curtis.
Sobrevivente
Os cientistas que conduzem esses estudos deixam claro que a BCG não seria uma vacina contra a Covid-19, mas uma forma de atenuar a gravidade da doença. O desenvolvimento de uma imunização específica para o Sars-Cov-2 depende de muitos passos, e pesquisadores do Instituto de Pesquisas Scripp, nos Estados Unidos, anunciaram uma etapa essencial para isso.
Em um artigo na revista Science, eles afirmaram que um anticorpo recuperado de um sobrevivente da epidemia de Sars no início dos anos 2000 revelou uma potencial vulnerabilidade do novo coronavírus. Essa é a primeira pesquisa a mapear a interação de um anticorpo humano com o Sars-Cov-2 em resolução em escala quase atômica. Embora a substância tenha sido produzida em resposta a uma infecção causada pelo vírus Sars-Cov, ela reage de maneira cruzada com o causador da Covid-19.
O mapeamento estrutural revelou um local quase idêntico nos dois coronavírus aos quais o anticorpo se liga, sugerindo uma região funcionalmente importante e vulnerável para essa família de coronavírus. “O conhecimento de locais como esse pode ajudar no projeto estrutural de vacinas e terapêuticas contra o Sars-Cov-2, e isso também protegeria contra outros coronavírus, incluindo aqueles que podem surgir no futuro”, diz o pesquisador sênior do estudo, Ian Wilson, professor do Departamento de Biologia Estrutural e Computacional Integrativa do Scripps.
O laboratório de Wilson é conhecido por seus estudos estruturais pioneiros de anticorpos ligados a vírus, incluindo HIV e influenza. Essas pesquisas foram utilizadas em projetos de vacinas e drogas baseadas em anticorpos, além de outras terapêuticas. “Nosso objetivo final aqui é obter informações estruturais sobre anticorpos e seus locais de ligação e usá-las para orientar o design da vacina de Sars-Cov-2, assim como nosso laboratório fez com influenza e HIV”, diz o coprimeiro autor do estudo, Nicholas Wu, pesquisador de pós-doutorado no laboratório Wilson.